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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 25 de abril de 2024

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Jornalismo exercido pela própria população

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Mensagem N°39042
De: Web Outros Data: Sábado 27/9/2008 12:50:53
Cidade: Montes Claros

Nossos caminhos

Manoel Hygino (Jornal "Hoje em Dia")

‘Urupês foi um dos livros mais apreciados por nossa juventude. Todos os moços estudantes queriam lê-lo e discutir algum de seus contos. O autor, Monteiro Lobato, em seu conteúdo, faz referência ao transporte de cargas ou de alguma encomenda por esse meio método.
Que evidentemente não constituía novidade. Isso vem de tempos imemoriais. Em Roma, quando o imperador partia de um lugar a outro, tudo se processava, em termos de comunicação, através de cartas, transportadas de algum para outro sítio do império onde quer que se localizasse.
E as cartas eram documentos valiosos. Os políticos tinham muito mais necessidade de escrever uns aos outros, do que os de hoje, como observou, Gastão Boissier. O procônsul, ao afastar-se de Rosa, carecia imediatamente de saber o que ocorria na capital. Não havia telégrafo, telefone, televisão, rádio, telex, e a parafernália de imprensa que presentemente põe o homem sabedor das coisas do planeta quase instantaneamente.
O cavalo e o mensageiro eram imprescindíveis. Cícero, como todos, mas mais assim do que qualquer um, desejava inteirar-se das acontecências em Roma: políticas, intelectuais, as amorosas, as pessoais, as familiares. E suas cartas se transformaram em literatura e história.
Manoel Esteves, autor de Grão Mogol, em livro lançado em 1958, conforme JJ Santos, se refere a outro tipo de correio, o primitivo, o chamado ‘próprio‘, que realizava este serviço sobre as pernas e pés. Era mais rápido do que o cavalo ou a besta. Costumava fazer uma viagem de 24 léguas em três dias, enquanto o ‘próprio‘ gastava apenas três dias.
O escritor mencionado declara: ‘A coisa se explica. É que o correio, que viaja escoteiro, como com o pé no caminho, não pára, do mesmo modo que aqueles soldados gregos, que passando pelo rio, bebiam água na concha das mãos e iam andando para frente. Ademais, quem viaja a cavalo somente pousa em lugar que tenha pasto para o animal, isso é condição precípua. O correio a pé viaja pela noite adentro e dorme em qualquer lugar, quando tem sono‘.
Estes recontos vêm calhar com a hora que vivemos. Quando, de uma parte a outra da cidade grande, se gastam horas para chegar ao local necessário, seria pelo menos aceitável a comparação entre os velhos tempos e os atuais. O homem que se beneficiou com a máquina, no caso o automóvel, tornou-se dele servo.
Há um século atrás, um “próprio” andava 144 quilômetros em três dias, percorrendo _ não boas estradas _ mas caminhos ínvios, na mataria difícil de ser transposta, além de outras dificuldades. Hoje, motorizados, moradores de São Paulo passando horas para ir do Centro à Mooca ou ao Ipiranga; os cariocas passam por sufocos para deslocar-se da velha Cinelândia ao Recreio dos Bandeirantes, à Tijuca. Enfrentando a tortura do trânsito, a irritação dos demais motoristas, ameaçados por bandidos e sujeitos a altercações.
São os caminhos do homem na cidade civilizada. Pergunta-se se valeu a pena a transformação, se a vida melhorou, com a relativa paz do passado.
O mundo não retroage. Seria curioso se alguém fizesse esses trajetos a cavalo. Ou a pé. Mas vale a reflexão.

Jornalista e escritor
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Mensagem N°39040
De: José Prates Data: Sábado 27/9/2008 10:03:39
Cidade: Rio de Janeiro RJ

MENINOS DE RUA
José Prates

A crônica de Ruth Tupinambás abordando o assunto “meninos de rua”, como problema em Montes Claros, trata a questão de maneira poética, porque Ruth é poesia e poesia existe em tudo que ela escreve, mesmo que seja sobre um velório. Acontece que esse problema que se agravou no decorrer dos anos, atingiu a todas as grandes cidades e Montes Claros não podia fugir dele, porque é uma grande cidade. É um problema social que vem de muito longe, escudado no desinteresse e omissão sociais, sempre na espera da iniciativa do outro, que nunca chega. As prefeituras esperam o Estado e o Estado espera a União e por aí vai. Que é um problema social, todo mundo sabe. Mas preferem tratá-lo como caso de polícia. No seu trabalho de Pesquisa Psicanálise e Sociedade, apresentado no II Congresso Ibero americano de Psicologia, Madrid, 1998, a psicóloga Miriam Debieux Rosa da USP, disse o seguinte: “A intenção da pesquisa é compreender como a constituição subjetiva de crianças e adolescentes que vivem na rua, os chamados meninos de rua, articula-se ao laço social, a partir da especificidade da escuta psicanalítica de crianças e adolescentes. Um processo de desqualificação e desvalorização social da família destes jovens propicia a ruptura destes com a família e escola, levando-os para a rua. Tal ruptura faz surgir o discurso social, que substitui o discurso dos pais, de onde poderiam extrair os significantes de sua filiação e sexuação, e destitui estes meninos do lugar de crianças e adolescentes, justifica o abandono, o descaso e o medo, e oferece-lhes como única possibilidade de nomeação a identidade de delinqüente.” É o processo de desqualificação da família desses jovens, oriundo do preconceito social, substituindo o discurso dos pais, que os leva ao abandono e conseqüente à marginalização da lei.
Revendo a história, ou pesquisando a respeito, podemos verificar que esse processo que atinge parte da juventude de hoje, vem desde a época do Brasil Colônia. Em seu livro “Liberdade Assistida” (1994) o historiador M. L. Teixeira inclui nesta categoria: órfãos que vieram de Portugal para auxiliar os jesuítas na educação e catequese dos órfãos da terra (crianças mestiças) e das crianças enjeitadas, no século XVII; crianças trabalhadoras e filhos da Lei do Ventre Livre (1871), separados das mães; crianças que viviam nas ruas das cidades em processo de urbanização, na virada do século; crianças institucionalizadas e crianças exploradas no trabalho infantil, no início deste século. O agravante, de tempos a esta parte, foi o desinteresse das autoridades, criado pela falta de estímulo da sociedade, no preparo desses jovens para o mercado de trabalho cada vez mais exigente, o que lhes deixou fora da massa qualificada de mão de obra. Desempregado por desqualificação, sem esperança e sem ambição, a rua, com a visão de liberdade, é o lugar ideal para morar.
A situação que começou tímida e até certo ponto, do interesse de uns poucos exploradores de mão de obra, foi aumentando com o passar do tempo e mais elementos incorporando-se à massa existente. O silêncio das autoridades era o mesmo de hoje. Sem o interesse das autoridades que já se fazia sentir no final do século XVIII, coube às instituições não governamentais, como confrarias, irmandades e santas casas de misericórdia, o cuidado destas crianças. Cuidados precários, não propriamente por falta de interesse, mas por falta de condições material e financeira, principalmente pela ausência do poder público. Nos anos 20, do século passado, pressionado pelas circunstâncias, o Estado responsabiliza-se socialmente pela questão da infância, visando protegê-la. Cria o termo “menor” na intenção de proteger a criança, colocando-a sob a tutela do Estado, quando de menor idade. Com isso cria um mecanismo de impunidade de que se aproveitam os criminosos para usarem “menores” em suas ações, o que acontece até hoje.
Na década de 30 foi tentada a solução através de internatos, o que não surtiu efeito devido ao volume de menores que chegavam às ruas e o numero limitado de albergues; Em 1948 a preocupação com a criança ganha dimensão internacional, quando é criada a UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância). Em 1964, cria-se a FUNABEM para possibilitar uma coordenação central e uma fiscalização sobre as entidades. Em 1990, com o objetivo de modificar a política do menor, é criado o Estatuto da Criança e do Adolescente, estabelecendo seus direitos, que não atinge parte da população, especialmente os meninos de rua e crianças pobres. O problema que cresce a cada dia nas grandes cidades, não é propriamente o que se pode chamar de crianças de rua. O que existe hoje é moradores de rua, grupos compostos de adultos e crianças, a maioria de adultos. É um problema grave que atinge a toda sociedade porque o chamado crime organizado tem nessas pessoas os seus serviçais obedientes e, até mesmo, o braço armado. O pior é que não se vê solução, nem a curto, médio ou longo prazo, porque não é um problema exclusivo da sociedade ou dos governantes, mas a irresponsabilidade dos que geram filhos sabendo da falta de condições para mantê-los. É morador de rua, gerando morador de rua, que já nasce na rua. O problema é sério porque se agrava a cada dia e ninguém vê uma solução imediata ou, pelo menos, um atenuante. O que pode e deve ser feito para estagnar o processo de crescimento, é o Estado assumir essas crianças que nascem desassistidas, tirando-as das ruas, onde, fatalmente, cresceriam. É um problema social que deve ser tratado como tal, buscando a solução dentro de um plano sociológico e não policial.

(José Prates é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros de 1945 a 1958 quando foi removido para o Rio de Janeiro onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)

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Mensagem N°39037
De: Ruth Tupinambá Data: Sábado 27/9/2008 09:31:26
Cidade: Montes Claros/MG

Um saudoso piano... e sua história

Ruth Tupinambá Graça

Dulce Sarmento era a nossa professora de música e canto coral na Escola Normal Oficial de Montes Claros. Lecionava em todos os turnos, para todas as turmas, ainda ensaiava, em horas extras, com os alunos para os teatros que organizava em beneficio da Caixa Escolar.
A Escola Normal era de uma pobreza de fazer dó. Faltava-lhe tudo. Longe da civilização, nos anos 30, o que seria Montes Claros, abandonada, esquecida, principalmente nessa área de educação?
Mas o montes-clarence (que já era teimoso naquele tempo) querendo o melhor para sua terra, enfrentando todas as dificuldades, fazia nossa escola crescer, sendo já considerada escola modelo nesta região norte mineira, a qual prestava grande beneficio acolhendo todos os alunos daquela região.
Na nossa escola havia de tudo um pouco e o currículo enriquecido com as aulas de artes, artesanato e até culinária. Saíamos daquele educandário prontas para enfrentar a vida.
As aulas de estágio eram apertadas e fiscalizadas por inspetores da capital e quando alcançávamos o terceiro ano do Magistério, chamava-nos de alunas-mestras, título que muito nos empolgavam.
Mas, ai é que morava o perigo. A turma das classes anexas à Escola Normal (própria para estágio) nas quais fazíamos o treinamento para professora, era por excelência, composta por alunos espertos e inteligentes. Estudávamos muito, para não passarmos vexames com as perguntas maldosas e indiscretas dos espertalhões daquela classe.
Ainda me lembro do Mauricinho (hoje doutor Maurício) e do Zé Narciso. Adoravam colocar as alunas –mestras em apuros. Não perdiam oportunidade, fazendo cada pergunta...
Ficávamos de olho vivo peraltas, não obstante, muitas caiam em suas picaretagens e se encabulavam, perdiam o controle, o que lhes dava o maior prazer.
Mas havia muita mestrinha bonita, de olhar lânguido e de belas formas... e se aproveitando dos dons com que a natureza lhe dotara, jogava o seu charme, enfeitiçando aqueles moleques que, absorvidos com tamanha boniteza, se esqueciam as picardias.
Mas, voltando à música, Dulce no seu idealismo, procurava um meio de melhorar as suas aulas e aprimorar o nosso gosto musical. Queria nos ensinar a apreciar Chopin, Bethoven e Sebastian Bach.
Sonhava muito alto... sonhava com um piano para nossa escola.
Foi uma novela a compra daquele requintado instrumento. Houve discussões entre a diretoria e professores. Consideravam a idéia absurda, peso demais para nosso fordinho...
Mas a Dulce não desanimou com os protestos da velha guarda e embalada pelo entusiasmo dos alunos, prosseguiu naquela idéia. Houve troca de cartas, propostas e o negócio foi fechado com uma grande firma de Belo Horizonte.
Um belo dia o piano chega em Montes Claros, depois de uma longa viagem e muitas peripécias pelas estradas precárias do nosso sertão.
Instalaram-no no salão de festas, coberto com uma capa de feltro verde. A notícia correu rápida entre os professores e alunos. Mão houve aula naquele dia. Todos queriam ver a bela peça, admirar a beleza de suas linhas e brancura imaculadas de suas teclas, o brilho intenso do seu verniz. Era um legítimo Essenfelder.
Dulce, eufórica, caminhava nervosamente para lá e para cá, enquanto os curiosos tomavam conta do salão. Não resistindo aos impulsos do seu coração e os pedidos dos presentes , assentada na banqueta alcochoada de veludo vermelho (que acompanhava aquele belo instrumento), tocava músicas românticas, clássicas, retratos do seu gosto apurado.
Mas a euforia passou. O entusiasmo arrefeceu e tudo chegou nos devidos lugares. Estava na hora de pensar nas prestações, promissórias e nos juros.
Coitada da Dulce! Arcou sozinha com toda a responsabilidade daquela enorme dívida. Não contava com as mensalidades dos alunos, na maioria pobres. A caixa escolar mal dava para pagar as despesas da escola e a verba do governo, nem em pensamento.
Teve uma idéia: tirar dinheiro do próprio piano. Mas como? Fazendo chá dançante aos domingos, cobrando ingresso dos rapazes.
Alguns pais ranzinzas, não gostavam da idéia. Mas, que mal havia numa dança inocente (sem bebida) e durante o dia?
Entretanto, havia um porém. O prédio era muito grande, o quintal um matagal onde o colonhão crescia à vontade e se estendia até ás margens do Rio Vieira e quem sabe?... algum casalzinho afoito tentasse um passeio pelos campos e aprontasse...
Haveria, portanto, uma dupla proteção: alem dos familiares, professores seriam escalados, sob o sistema de rodízio, para vigiar as moças...
Diante daquela medida, os pais cederam e as filhas conseguiram livre arbítrio.
Tudo combinado. As alunas passariam os ingressos aos rapazes (dez mil réis), com exceção do Haley Jansen e Antônio Rodrigues que os recebiam gratuitamente toda semana. Eles seriam os animadores daquela promoção pois, com bonita voz, a alegria e humorismo dos dois, verdadeiros pé de valsa e que nunca se faziam de rogados.
Não existiam clubes sociais em nossa cidade. Portanto, aquela notícia foi recebida com entusiasmo entre a rapaziada. A dança era um meio de se aproximar mais das moças que eram extremamente presas e controladas pelos pais.
Todos os domingos, das 13 às 17 horas, o som maravilhoso do piano ecoava-se pelas ruas próximas da Escola Normal, acompanhando pelo saxofone do Tonico de Nana, a clarineta do Adail Sarmento e do bandolim do Ducho, numa contribuição gratuita.
As alunas vibravam numa euforia total, aquela oportunidade não era de se jogar fora. Embonecavam-se com vestidos leves, cheio de renda e rococó saltos Luis XV, perfumadas, bonequinhas de coração, especialmente femininas, numa beleza natural sem artifícios.
Não existia salão de beleza, recorríamos a colegas mais habilidosas para nos quebrar o galho.
A Maria Soares era disputadíssima. Tinha mãos de fada para fazer cachinhos, papelotes, ondular cabelos com perfeição e ainda bancava a manicure. Era execepcional.
Logo cedo corríamos a sua casa tirando-a da cama.
Aracy (sua mãe) ficava nervosa com aquela invasão de domicílio, antes mesmo dela passar a vassoura na sala de visitas.
Maria, com sua disponibilidade e bom humor, nos recebia com um sorriso. Ela gostava de ouvir as fofocas e novidades de primeira mão e, enquanto suas mãos habilidades procuravam dominar os rebeldes cabelos, despejávamos as novidades da semana, as rixas e briguinhas amorosas das colegas.
Nem sempre ela conseguia atender a todas (ela também era filha de Deus) e teria que se cuidar, para fazer como nós, aquele sucesso no esperado chá dançante.
A Dulce, com sua criatividade, não deixava a peteca cair. Inventava novidades para animar os pares, distribuía Cotillons, trovas, cartões para contra-dança, prendas etc.
Era com ansiedade que os namorados aguardavam ouvir seus nomes ligados àquelas brincadeiras interessantes e emocionados trocavam olhares naquela linguagem que só eles entendiam.
Foi um tempo bom graças ao piano e o dinamismo da querida e saudosa Dulce Sarmento, que dedicou a Montes Claros grande parte de sua vida.
Muitos namoros, noivados e casamentos floresceram e se realizaram à sombra daquele piano.
E foi assim que pagamos as dividas, melhoramos nossa escola, ajudamos nossa comunidade a crescer e... multiplicar-se.
E o piano, onde andará?
Confesso que tenho vontade de revê-lo, pois tenho dele as mais gratas recordações e uma enorme saudade!

(N. da Redação: Ruth Tupinambá Graça, de 94 anos, é atualmente a mais importante memorialista de M. Claros. Nasceu aqui, viveu aqui, e conta as histórias da cidade com uma leveza que a distingue de todos, ao mesmo tempo em que é reconhecida pelo rigor e pela qualidade da sua memória. Mantém-se extraordinariamente ativa, viajando por toda parte, cuidando de filhos, netos e bisnetos, sem descuidar dos escritos que invariavelmente contemplam a sua cidade de criança, um burgo de não mais que 3 mil habitantes, no início do século passado. É merecidamente reverenciada por muitos como a Cora Coralina de Montes Claros, pelo alto, limpo e espontâneo lirismo de suas narrativas).

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Mensagem N°39036
De: Luiz de Paula Data: Sábado 27/9/2008 09:29:28
Cidade: Montes Claros/MG

(Do livro "Por Cima dos Telhados, Por Baixo dos Arvoredos" - Parte 45)

50 ANOS VIVENDO ROTARY

Berço do primeiro clube de serviços implantado em Minas Gerais, terceiro criado no país, depois do Rio de Janeiro e São Paulo, Montes Claros oferece, em sua crônica histórica, edificante exemplo de vocação para a prática da solidariedade.
Em 1926, antecipando-se à própria capital do Estado, Montes Claros fundou o seu Rotary Club, que pouco viveu mas legou ao futuro semente generosa.
Com seus 50 anos bem vividos, o nosso clube absorveu a seiva do clube pioneiro e firmou suas raízes na vida da comunidade. E vem influenciando nos caminhos do desenvolvimento social e econômico que a cidade vem alargando em sua trajetória para o futuro.

O Rotary Club de Montes Claros, Minas Gerais, foi criado e começou a funcionar como clube provisório a partir de 31 de dezembro de 1945, tendo-lhe sido conferida a Carta de Admissão em Rotary International em 22 de abril de 1946.
Completa, portanto, este ano, 50 anos de existência.
Foi o primeiro clube a ser criado e a funcionar ininterruptamente no Norte de Minas Gerais.
Sua presença teve desde então influência marcante na vida comunitária.
Quando chegou a Montes Claros, há 50 anos, Rotary encontrou uma elite de coronéis e doutores pouco permeável às gerações emergentes.
Exercendo seu poder de aglutinação, Rotary foi buscar elementos de representatividade onde quer que eles se encontrassem e reuniu 35 sócios fundadores, com base em suas qualidades de cidadãos e nas profissões úteis que exerciam e não em função de seus títulos universitários ou de sua expressão política, ou de seus cadastros bancários.
Eu era jovem, na ocasião, e conhecia as barreiras existentes na comunicação com as estruturas vigentes. E assim pude perceber como os espaços foram se abrindo naturalmente, sob a inspiração dos ideais e das práticas rotárias. No convívio que se estabeleceu no clube, o Juiz de Direito, o Prefeito, o Coronel, o Gerente de Banco, o Promotor de Justiça, o médico de renome, o advogado famoso ampliaram seu diálogo e nós outros tivemos a satisfação de verificar que eles eram pessoas como nós próprios. E estou certo de que eles também exultaram com a expansão de seu campo social.
O modelo simples e prático das reuniões foi um belo achado e ajudou a demolir velhos tabus.
O que hoje é rotina em nossas reuniões foi grata novidade naqueles tempos.
Aboliram-se os tratamentos rebuscados e novas normas de convivência floresceram na comunidade.
Os oradores passaram a usar a linguagem coloquial, deixando a pomposidade dos discursos para ocasiões muito especiais.
A duração das reuniões e o uso da palavra de cada orador tiveram o seu tempo limitado. Antes não se poderia prever quanto duraria uma reunião. E limitar o tempo de qualquer orador seria considerado grave ofensa.
A prática de se servir o jantar ao mesmo tempo em que falavam os oradores foi outra inovação para economizar tempo que se transformou em rotina por todos aplaudida.
A expressão “companheiro” tornou-se corrente e o tratamento de “você” solapou as barreiras criadas pelas diferenças de fortuna, de idade, de cultura e de títulos e ressoou afetuosamente no coração de todos.
Havia um vazio, na vida da comunidade, a ser preenchido. E aconteceu que logo após sua instalação o Rotary Club de Montes Claros passou a assumir a posição de fórum de reivindicações de interesse comunitário. Ao mesmo tempo em que a convivência dos sócios estabelecia o companheirismo e este se transformava em força que o clube utilizou como oportunidade de servir.
Rotary passou a ser o interlocutor lúcido e bem informado para quantos visitavam a região com algo útil a oferecer. E suas reuniões proporcionavam a todos uma tribuna privilegiada para a apresentação de idéias e programas de interesse da cidade e da região, constituindo, além disso, fonte pródiga de notícias e informações para a imprensa local e regional.
Muito grande foi naqueles tempos, e continua sendo, a contribuição de Rotary para a comunidade. O Clube foi impelido pela própria sociedade a assumir o papel de defensor das boas causas. Desde problemas menores, mas também importantes, como a proibição, em 21 de março de 1946, do trânsito de boiadas pelas ruas da cidade, ou o socorro a famílias de retirantes das secas, até causas da maior importância para a coletividade, como as que são mostradas a seguir.

- A Associação Comercial de Montes Claros tinha existido antes, mas fechara suas portas havia muitos anos. Por iniciativa de Rotary foi reativada e teve como seu primeiro presidente o presidente do clube. E prossegue, até hoje, pujante, a prestar bons serviços.

- A Escola Normal é um caso semelhante. Fechada em 1938, pelo Governador Benedito Valadares, foi reaberta 15 anos depois, por iniciativa de Rotary, sob a direção de um rotariano, o Professor Plínio Ribeiro dos Santos, que doou o terreno onde a escola hoje funciona, constituindo na atualidade um dos estabelecimentos de ensino de maior matrícula em uma única unidade, em todo o Estado.

- A Cia. Telefônica de Montes Claros também nasceu no clube e seu fundador, primeiro presidente e maior acionista foi o rotariano Hildebrando Mendes.

- Da mesma forma foi criado o Centro Cultural Brasil-EE.UU, primeira escola do gênero, na cidade, para ensino da língua inglesa.

- Quando os pais de família montes-clarenses clamaram contra a inexistência de uma escola de 2º grau na cidade e na região, foi em Rotary que esse clamor encontrou ressonância. O clube criou a “Associação dos Amigos do Progresso”, que entre outras realizações fundou o Colégio São José e o entregou, sem ônus, aos Irmãos Maristas: amplo terreno, com paredes erguidas e doações asseguradas.

- Outra realização importante foi o Conjunto Habitacional Rotary. O clube possuía um terreno de 125.000m2, na periferia da cidade, e surgiu a oportunidade de se fazer um conjunto habitacional para famílias carentes em convênio com a Prefeitura e o ministério do Interior. A obra foi realizada e atende a 208 famílias.

- Encontra-se em fase final de acabamento a CASA DO ROTARIANO, com área construída de 750 m2, em terreno de 5.650 m2. O prédio possui dois salões principais, um de 120 m2 e outro de 240 m2, e salas para secretariam, biblioteca, sede para a Casa da Amizade e dependências de apoio para restaurante.

- A cidade conta hoje com sete Rotary Clubs e a nossa expectativa é de que todos os clubes existentes e os que vieram a ser criados no futuro venham a reunir-se na CASA DO ROTARIANO.

- Foi no Rotary Club de Montes Claros que nasceu a lei federal que confere utilidade pública a todos os Rotary Clubs, Lion’s Clubes e Casas da Amizade do país. O autor da lei é rotariano do nosso clube.

O Rotary Club de Montes Claros notabilizou-se também como clube criador de clubes. E os clubes que criou passaram, por sua vez, a criar novos clubes. Hoje são 28 clubes rotários na região.

Em 1987 a Prefeitura Municipal construiu a PRAÇA ROTARY, um dos logradouros públicos mais bem freqüentados da cidade. Com jardins, quadras de esporte, “play-ground”. Uma placa informa aos freqüentadores: HOMENAGEM DA MUNICIPALIDADE AOS ROTARY CLUBS DE MONTES CLAROS.
Em verdade, Rotary trouxe para a região um novo modo de conviver, mais natural, e ampliou o círculo de convivência das pessoas, em cada comunidade.
O Rotary Club de Montes Claros proíbe ao rotariano que tenha exercido a presidência, em qualquer tempo, exercê-la uma segunda vez. É uma tradição rigorosamente respeitada desde que o clube foi criado, há 50 anos.
Mas neste Ano do Cinqüentenário o clube decidiu abrir uma exceção. Para o único sócio fundador que permaneceu no clube durante 50 anos, presente e ativo, tendo exercido a presidência no ano rotário de 1954/1955.
Fizeram-no presidente do Ano do Cinqüentenário.
Na esperança, talvez, de que a esta altura já tenha aprendido, finalmente, como dirigir um Rotary Club.
Comovido, agradeço.

(continuará, nos próximos dias, até a publicação de todo o livro, que acaba de ser lançado em edição artesanal de apenas 10 volumes. As partes já publicadas podem ser lidas na seção Colunistas - Luiz de Paula)

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Mensagem N°39035
De: Neuza Para Valmira em Brasilia DF Data: Sábado 27/9/2008 07:17:24
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Valmira, que bom que voce deu uma forçinha junto a São Pedro e mandou chuva pra cá.... obrigada, ela chegou tão linda, voce não tem noção!!! Fiquei boa parte da noite apreciando essa delícia que vem do céu, chegou tão mansa, tão simples e tão encantadora, oh Valmira, sempre que chover em Brasilia, dê um beijo na chuva e peça a ela pra vir aqui nos beijar também, assim como voce fez no dia 25.Que Deus continue nos presenteando com essa maravilha. - E que tempo lindo temos em Montes Claros agora de manhã..
Até parece paixão.

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Mensagem N°39034
De: Itamaury Teles Data: Sexta 26/9/2008 23:18:49
Cidade: Montes Claros/MG

O antropólogo João Batista Costa enviou mensagem (39002) ao montesclaros.com sugerindo “aos cronistas Petrônio Braz e Itamaury Teles, que julgam impróprio o movimento catrumano pela valorização histórica e simbólica do norte de Minas, que leiam a obra de Affonso de Taunay, a História Geral das Bandeiras Paulistas...”.
Por ter sido citado, gostaria de esclarecer ao eminente professor que há um equívoco em sua afirmação. Em momento algum julguei impróprio ou me posicionei contra o Movimento Catrumano pela valorização histórica e simbólica do norte de Minas.
Posicionei-me, isto sim, contra a idéia de se criar o “Dia dos Gerais”, em contraposição ou em inspiração ao “Dia de Minas”, comemorado em Mariana. E minha contrariedade é baseada tão-somente no atávico “complexo de vira-latas” dos norte-mineiros, inferiores que nos sentimos em relação às demais regiões do Estado, de maneira imotivada.
Ora, se a fundamentação para a criação de tal efeméride se apóia no fato de ser o município de Matias Cardoso mais antigo que o de Mariana, por que não lutarmos para que o “Dia de Minas” seja comemorado, doravante, em Matias Cardoso? Assim, não haveria necessidade de se criar o “Dia dos Gerais”, mesmo porque o nome do nosso Estado não é composto por dois substantivos, como se fora “Minas e Gerais”, mas por um substantivo (minas) seguido de adjetivo (gerais), que as qualifica, por serem nossas minas abundantes e diversificadas.
Achar que em nossa região só se cria gado é pensar pequeno e esquecer as ricas jazidas que dormitam em nosso subsolo – e que serão em breve exploradas -, afora o ouro e o diamante que por aqui já abundaram...
A bem da verdade, estamos no mesmo barco, pela valorização da região, meu caro Joba. Mas vamos lutar por grandes causas e provocar grandes debates históricos, como este que tira a primazia de Mariana e a traz para a sertaneja Matias Cardoso.

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Mensagem N°39033
De: Tatiana Data: Sexta 26/9/2008 23:17:40
Cidade: Montes Claros/MG

Um absurdo as campanhas políticas em Montes Claros! Todos os dias tenho que recolher inúmeros "santinhos" que são despejados na minha garagem e lotam minha caixa de correio. Estou perdendo a paciência com esse lixo e pode ter certeza que os candidatos só ganham minha antipatia com isso. ´Falta o devido respeito ao eleitorado.

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Mensagem N°39031
De: Petrônio Braz Data: Sexta 26/9/2008 19:42:37
Cidade: Montes Claros/MG

Maria da Cruz

Maria da Cruz Portocarreiro ou Maria da Cruz Torre Prado de Almeida Oliveira Matias Toledo Cardoso, descendente dos Ávilas da Casa da Torre, educada em colégio de freiras em Salvador-BA, presente na conjuração do São Francisco, viúva de Salvador Cardoso de Oliveira, está a exigir um estudo aprofundado de sua vida e de sua ação colonizadora.
A poesia de José Gonçalves de Souza marca sua vida; Augusta Figueiredo, em “Maria da Cruz e o Velho Chico”, fixa passagem de sua profícua existência, mas pouco, muito pouco, sobre ela se escreveu até agora. Diogo de Vasconcelos, em sua “Historia Média de Minas Gerais”, é quem melhor informa sobre sua vida esclarecendo que “em seus domínios ela possuía teares de algodão, curtumes e oficinas de couros, tenda de ferreiros e carapinas, escolas de leitura e de música, além de armazéns de fazenda”. A ela dedicou Antônio Emílio Pereira pouco mais de uma página em seu livro “Memorial Januária – Terra, Rios e Gente”.
Afirmou Alexandre Herculano que o “mister de recordar o passado é uma espécie de magistratura moral, é uma espécie de sacerdócio. Exercitem-no os que podem e sabem, porque não o fazer é um crime”. Há, todavia, pessoas que afirmam que recordar o passado é um saudosismo démodé.
Dediquei-me, por um longo período de mais de vinte anos a pesquisar sobre a vida de Antônio Dó. Não tenho mais idade, nem me sobra tempo para investigar sobre a vida e a obra de Maria da Cruz, extraordinária mulher que dominou, durante muito tempo, toda a região do Alto Médio São Francisco, em Minas Gerais, numa época em que os homens tinham o domínio das decisões.
Não poucas mulheres se destacaram no contexto histórico universal, no campo das artes, das ciências e até mesmo das guerras. Infelizmente, a televisão nos mostrou Xica (Chica) da Silva, uma prostituta qualificada, como classificada no mesmo sentido foi Cleópatra, que é destacada como personagem de primeira grandeza no Museu do Sexo de Amsterdã, na Holanda, que visitei.
A história destaca, entre tantas outras mulheres extraordinárias, Joaquina de Pompéu, Emilia Snethlage, desbravadora da floreta amazônica, nos primórdios do Século XX, Josephina Álvares de Azevedo, defensora do voto feminino, mas não se lembrou, ainda, de colocar no pedestal que merece a pioneira Maria da Cruz. A sua fazenda, nas margens do Rio São Francisco, transformou-se em povoado e o povoado em cidade que lembra o seu nome, apenas isto. Nem mesmo o povo de Pedras de Maria da Cruz sabe dizer de sua história.
Morei alguns anos em João Pinheiro, todavia, muitos ali residentes não sabiam, nem sabem, quem foi João Pinheiro, a pessoa que deu nome à cidade. Quando se fala hoje, em Governador Valadares todos se lembram da cidade, mas ninguém, ou quase ninguém, sabe que o nome da cidade é uma homenagem ao Governador Benedito Valadares. Pedras de Maria da Cruz não foge a essa realidade. Para muitos é apenas um nome, como tantos outros, mas um nome que imortaliza a extraordinária precursora, que, me servindo das palavras de Euclides da Cunha, ”suportou as agruras daquele rincão”.
Os positivistas, como lembra Vanessa M. Brasília, ilustre professora do Departamento de História da Universidade de Brasília, subestimam o rio São Francisco declarando ser ele um rio sem história, porque não tem documentos que a comprovem.
Até quando?

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Mensagem N°39025
De: Waldyr Senna Data: Sexta 26/09/2008 12:20:07
Cidade: Montes Claros

A influência dos ausentes

Waldyr Senna Batista

Em campanhas eleitorais há ausências que significam muito mais do que certas presenças.
Exemplo de presença inútil: o deputado Michel Temer, presidente nacional do PMDB, gravou para a tevê mensagem de apoio ao candidato a prefeito do seu partido. Para a quase totalidade dos eleitores que assistiram ao programa, trata-se de ilustre desconhecido.
Exemplo de ausência que influi: o deputado Humberto Souto ( PPS) tem participado de campanhas em diversos pontos da região, mas esnoba o candidato do seu partido em Montes Claros, o prefeito Athos Avelino, que, por sinal, foi quem patrocinou seu ingresso na legenda. Por isso mesmo sua ausência tornou-se estranha e tem ensejado especulações, uma delas a de que o deputado teria alimentado a esperança de ser ele o candidato a prefeito; e, outra, a de que estaria insatisfeito por não ter tido espaço na administração.
Outra ausência notada, também no palanque do prefeito, é a do grupo do PTB, que formalmente integra a coligação, mas, na prática, não se empenhou na campanha. No decorrer da administração, foi o partido que mais cresceu na prefeitura, tendo até escalado nome para a eventualidade de substituir o PT na indicação do candidato a vice-prefeito. Renovada a aliança do PPS com o dividido PT, confirmando o nome de Sued Botelho, os petebistas retraíram-se.
Mas a ausência mais percebida está na coligação pela qual concorre o candidato Rui Muniz. Lançado pelo Democratas ( DEM ) e apoiado pelo PSDB, efetivamente ele não conta com nenhum dos dois, por inteiro, na campanha. As exceções são o deputado Jairo Ataíde ( DEM ), que surgiu no programa televisivo recomendando a candidatura que ele próprio viabilizou, e a deputada tucana Ana Maria Resende, com mensagem pouco incisiva, além de uma ou outra figura de importância secundária no grupo.
Sendo certo que haverá segundo turno, com os mesmos personagens de quatro anos atrás, essa falta de empenho de figuras do alto clero dos partidos poderá gerar danos para os coligados. No mínimo, dificultará a composição de forças para o que é tido como nova eleição. O ambiente aparentemente amistoso que havia entre os candidatos do PMDB e do DEM, no início da campanha, deixou de existir a partir do momento em que o candidato pemedebista foi acusado de estar por trás de publicações feitas por jornal de Belo Horizonte contra o do DEM. Até ali parecia haver entendimento entre os dois para combate ao adversário comum, o prefeito. O clima passou então a ser o de todos contra todos, haja vista o quadro “farinha do mesmo saco” mostrado no programa de Rui Muniz e que pode ser considerado como a melhor peça de toda a temporada.
No entanto, é preciso ter em mente que em política nada é definitivo, especialmente quando se prevê segundo turno. Quaisquer que sejam os dois finalistas, a conquista do apoio daquele que ficar de fora é importante, ainda que informalmente.
Pelos antecedentes, presume-se que, se pudesse escolher, Luiz Tadeu Leite preferiria Rui Muniz como adversário, pois Athos Avelino, no pleito passado, o derrotou quatro vezes ( no primeiro e segundo turnos e duas vezes no judiciário, em instâncias diferentes). Novo confronto, e com o atual prefeito dispondo da máquina administrativa, pode dificultar as coisas. E Rui Muniz, que, se ficar de fora, poderá escolher a quem apoiar, tem pelo menos um motivo importante para optar por Athos Avelino: este, se reeleito, não poderá disputar a eleição de 2012, ao contrário do candidato pemedebista, que provavelmente estará raciocinando em termos de oito anos de mandato. Derrotá-lo agora pode melhorar o caminho para uma possível nova candidatura de Rui.

(Waldyr Senna é o mais antigo e categorizado analista de política em Montes Claros. Durante décadas, assinou a "Coluna do Secretário", n "O Jornal de M. Claros", publicação antológica que editava na companhia de Oswaldo Antunes. É mestre reverenciado de uma geração de jornalistas mineiros, com vasto conhecimento de política e da história política contemporânea do Brasil).

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Mensagem N°39022
De: Web Outros Data:
Cidade: Montes Claros

A fortaleza de pedra

Manoel Hygino (Jornal "Hoje em Dia")

Muito criança, fui uma vez, ou duas?, a festas em uma fazenda do Barrocão. Não guardo lembranças, senão do ambiente cálido da recepção, muita gente presente, foguetório, muitos pratos típicos, doces e salgados para dias de permanência de toda aquela gente.
Tantos anos decorridos, memoro a alegre convivência com pessoas cujo nome não mais sei, ao ler o registro de JJSantos, que tampouco ainda conheço. Ele foi a Grão-Mogol rever a cidade, que tem características semelhantes a Vila Rica, Tijuco e a amorável Serro Frio da Vila do Príncipe.
Construíram-se 50 quilômetros de asfalto, que - depois de distrito do Barrocão - ligam a BR 251 à formosa cidade alpestre nascida com o nome de Serra de Santo Antônio do Itacambiruçu, hoje Grão Mogol. Mas faltam ainda 17 quilômetros de asfalto, para demonstrar que no Brasil o poder público deixa sempre algo a concluir.
Essa é uma região belíssima, praticamente desconhecida do resto do Estado. Quando se pavimentarem suas estradas, seus acessos, implantando uma infra-estrutura adequada para o turista, ter-se-á instalado uma fonte notável de receita, ao possibilitar que os visitantes admirem belos trechos da terra mineira, cheios de história e de tradições.
Grão Mogol é terra de gente corajosa, que participou das lutas travadas na região num período turbulento, em que se conquistava a terra e sua riqueza ao custo de muitas vidas. Foi rica e é bela. Não me sai da cabeça que tive como madrinha uma senhora ali nascida, de sobrenome “Alcântara”. Só isso me suscitava a idéia de nobreza. Estudara em colégios distantes, aprendera e falava francês. Talvez por isso, gostasse dos tangos de Gardel, nascido em Marselha.
Grão-Mogol é uma das fascinantes cidades de Minas que não conheço e que precisa ingressar no roteiro turístico de brasileiros e estrangeiros, que não cingirão a ver de perto a grandeza de Ouro Preto, de Diamantina, de São João del-Rei, Tiradentes, já conquistados pelos visitantes que lhe apreciam ruas, igrejas, gentes.
Haroldo Lívio, escritor e advogado, é um dos empolgados com esta rústica cidade, que não feneceu com a escassez dos minerais nobres. Haroldo, enciclopédia viva de toda uma vasta região, ensina que Grão-Mogol foi a primeira cidadela de extensa zona geopolítica. No apogeu da mineração diamantifera, conseguiu registrar 12 mil almas, população expressiva para aquela época de fastígio, que abrangeu o Império e os primeiros anos da República.
O vigor diminuiu, quando a turba de caçadores de riquezas percebeu que telas escasseavam. Como velhas cidades do Oeste americano, algumas das quais ficaram inteiramente abandonadas quando o ouro minguou e desapareceu.
Dali partiam as tropas de muares carregados de ouro e pedras preciosas para enfeitar as cabeças de rainhas e princesas nas grandes cortes da Europa. De lá saíam as bandeiras, em direção à mística Serra Resplandescente, ou alimentando a ilusão de que todos, bem à frente, nos dias seguintes, encontrariam diamantes colossais brilhando à luz do sol, nas areias alvinitentes do Itacambiruçu.
Até Itacambira fui, com fotógrafo do Rio de Janeiro, com o poeta Cândido Canela (seus 100 anos serão em 2010), em busca de outro mistério. O das múmias sob o piso assoalhado da igreja.
Não mais há bandeiras, nem aventureiros famintos de riquezas, nem índios furibundos. Mas Grão-Mogol está viva, diante de nossos olhos, para quem conferir. Não o retrato na parede.
“A igreja paroquial, de pedra construída, os muros de pedra, as ladeiras cansadas, é tudo feito de pedra sobre pedra... Chega-se em Grão-Mogol por caminhos empedrados, de águas cantantes e ar puro de montanha...
A cidade alterosa é uma fortaleza de pedra”.

(N. da Redação - Na foto, assinalado, o escritor Haroldo Lívio, na sua última visita à celebrada igreja "de pedra construída", a que alude a presente crônica do escritor montesclarense Manoel Hygino)

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Mensagem N°39015
De: Adriane Data: Sexta 26/9/2008 09:27:47
Cidade: montes claros  País: brasil

Quero saber que timpo de acidente aconteceu ai pro lado de max mim Ppra que esta avisando os motorista que trafegam nessa rodovia pra fica nessa rodovia pra fica atento. Devido essa leve chuva que cai a pista fica escorregadia e perigosa.
Meus companheiros motorista que Deus os protejam.

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Mensagem N°39011
De: Mariza Ribeiro Data: Sexta 26/9/2008 08:10:16
Cidade: Moc

Chove neste momento em Moc...chegou de fininho trazendo esperança para o norte de minas...obrigada meu Deus, manda mais chuva mansa para esse povo sofredor...

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Mensagem N°39005
De: Walmira Data: Quinta 25/9/2008 22:30:42
Cidade: Brasília/DF

Chuvas e fortes trovões em Brasília Df, no final da tarde. A catarse esperada em Montes Claros desabou no Planalto Centrale pôs fim a 5 meses de seca. Que vá a chuva para M. Claros. E a catarse também.

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Mensagem N°39002
De: João Batista Costa Data: Quinta 25/9/2008 16:25:33
Cidade: Montes Claros/MG

Titulo da notícia: "...devemos lembrar que a vila de Ribeirão do Carmo foi fundada efetivamente em 1703 e em 1745 a Vila do Ribeirão do Carmo foi elevada à condição de cidade, com o nome de Mariana. Enquanto o povoado de Morrinhos, depois Matias Cardoso, foi fundado em 1660. Não se discute, portanto, a anterioridade de Matias Cardoso..."
Comentário: Sugiro ao cronistas Petrônio Braz e Itamaury Telles que julgam impróprio o movimento catrumano pela valorização histórica e simbólica do norte de Minas que leiam a obra de Affonso de Taunay, a História Geral das Bandeiras Paulistas onde se informar ter Mathias Cardoso de Almeida chegado com a sua bandeira às margens do rio Verde Grande em 23 de março de 1664, construindo um arraial que foi inundado pelas cheias do rio. Em seguida transferiu seu arraial para as margens do São Francisco que também sofreu inundação e se fixou, posteriormente, entre o rio São Francisco e elevações calcárias, os morrinhos - que passaram a dar denominação ao arraial que também foi chamado de arraial de Mathias Cardoso e arraial de Januário Cardoso. Por ter ido ao nordeste combater os índios confederados em torno dos Kariri e ter apoiado Domingos Jorge Velho na derrubada de Palmares recebeu do conselho ultramarinho a governança dos índios do são Francisco e uma sesmaria das cabeceiras do rio Pardo às cabeceiras do rio Doce, antes mesmos da descoberta do ouro no ribeirão do Carmo em 16 de julho de 1696. O que o movimento catrumano afirma é a existência de duas formações sóciais, históricas, econômicas e culturais distintas em Minas Gerais. Uma vinculada ao ouro que é louvada e outra vinculada ao gado que não está nem mesmo nos livros de história mineira. Se é inóquo lutar para que as pessoas tomem conhecimento sobre os fatos do passado que ocorreram em Minas Gerais desde a fundação do arraial de Mathias Cardoso de Almeida e continuar privilegiando apenas os fatos vinculados ao ouro. Talvez seja melhor continuarmos como uma avestruz com a cabeça enfiada em um buraco. Mas não é isto que o movimento catrumano quer. O que se quer é o respeito que o norte de Minas merece por ter contribuido para consoldiar a sociedade mineira.

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Mensagem N°39001
De: Éricko Data: Quinta 25/9/2008 16:22:46
Cidade: Moc

A Semamna da Paz, comemorada na prça dos jatobás está tirando a paz de nós, moradores das adjacencias. O som é muito alto, como se fosse um show de uma banda de rock ou axé. Não tem muito haver com paz não. Tira é o nosso sossego. O pior que é apoiado pela prefeitura que é quem deveria fiscalizar a poluição sonora. Eu, como mtos da redondeza, tenho que dormir cedo para trabalhar cedo no dia seguinte mas, estamos sem PAZ para dormir com o barulho da semana da paz

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Mensagem N°38992
De: Léo Data: Quinta 25/9/2008 13:55:19
Cidade: Montes Claros/MG

Titulo da notícia: Só no fim de semana, quatro pessoas morreram em acidentes de moto. Em Montes Claros e região
Comentário: Tive oportunidade de ver as quatro motocicletas que se envolveram nos acidentes, e mais uma vez fiquei com a impressão de que a imprudència e o excesso de confiança têm levado vários jovens da cidade para o Parque Jardim da Esperança. Infelizmente, há cerca de 15 dias, um outro "garoto" de apenas 20 anos também deixou inúmeras pessoas desoladas, outra vítima dos motivos supracitados, que havia ganhado sua moto há pouco mais de 30 dias. Que nós motoritas possamos nos sensibilizar e pensarmos, que por trás de volantes e debaixo de capacetes existem nossas vidas, que são únicas e valiosas!

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Mensagem N°38990
De: Carlos Data: Quinta 25/9/2008 12:10:12
Cidade: Montes Claros

O serviço velox continua rastejando. Reclamei e a resposta que obtive foi que o serviço voltará ao normal dia treis de Outubro. A falta de opção nos deixa a mercê de Empresas sem escrupulos que desde o mês de junho vem empurrando nós consumidores com a barriga. Primeiro disseram que o problema acabaria em Julho, depois foi para Agosto, já estamos em Setembro. Assim não dá.

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Mensagem N°38989
De: celia Data: Quinta 25/9/2008 11:06:22
Cidade: montes claros  País: minas gerais

vamos fazer campanha de conciêntisaçaõ no transito,esta havendo muitos acidentes de motos.

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Mensagem N°38988
De: Junior Data: Quinta 25/9/2008 10:23:42
Cidade: Montes Claros - MG

Ontem foi triste para dormir no bairro funcionários, primeiro uma passeata do (...) e segundo um som alto vindo da praça do jatobá, pelo amor de Deus, Montes Claros tá um verdadeiro inferno com essa poluição sonora.

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Mensagem N°38987
De: Antônio Data: Quinta 25/9/2008 09:57:14
Cidade: Brasília DF

25/09/08 - 9h - Prazo termina hoje e TSE tem milhares de processos que provavelmente não serão decididos antes das eleições
Resumindo: quem tem recurso em andamento dificilmente deverá deixar de ser candidato.

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Mensagem N°38985
De: Ana Data: Quinta 25/9/2008 08:00:31
Cidade: Moc

Caro José M. Castro - msg 38.968 - Pelo visto, este final de semana, a cidade inteira estará a mercê do barulho. Não bastassem o "barulho político" e Semana da Paz, de quebra, nós moradores do São João e adjacências, sofreremos com o famigerado AXÉ MONTES no Parque de Exposições no sábado e no domingo. O circo já está armado.

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Mensagem N°38978
De: Polícia Civil Data: Quarta 24/9/2008 18:36:56
Cidade: Montes Claros

(...)Policiais Civis de Januária acabaram com pelo menos três motins na cadeia pública do município nas últimas 48 horas. (...)

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Mensagem N°38975
De: Estêvão Data: Quarta 24/9/2008 17:54:06
Cidade: Moc

O tempo ficou escuro em M. Claros, no sentido de chuva. Nuvens pretas, e vento. Quem dera, chova bastante, para a necessária catarse do tempo. Catarse aqui é no sentido profundo - "o efeito moral e purificador da tragédia clássica, conceituado por Aristóteles, cujas situações dramáticas, de extrema intensidade e violência, trazem à tona os sentimentos de terror e piedade dos espectadores, proporcionando-lhes o alívio, ou purgação, desses sentimentos". Por aí.

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Mensagem N°38971
De: Evandro Guimarães Data: Quarta 24/9/2008 16:26:21
Cidade: Caçapava - SP  País: Br

A mensagem 38940 nos trouxe tristeza. Morreu Walter Andrezzo, carioca da Penha. Eu o conheci quando ainda rapazola, estudando no Instituto, corria o comércio procurando publicidade para o jornal. O autor da noticia esqueceu de dizer que os herois do jornal naquela época eram J.Prates, Meira, Andrezzo e D. Maria. o QUARTETO que fazia o jornal.Pezames à familia de Andrezzo.

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Mensagem N°38968
De: José M. Castro Data: Quarta 24/9/2008 14:47:27
Cidade: M. Claros

Pelo visto os moradores do bairro Morada do Sol e bairros próximos a praça dos Jatobas não vão dormir direito nas próximas noites. Um palco enorme foi montado sob a bandeira da "semana PAZ".Será que vamos ter PAZ para descansar? A Prefeitura, patrocinadora e idealizadora do evento, mais uma vez esqueceu dos moradores, trabalhadores que moram no entorno da praça. "Deixe os moradores trabalhar..."

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Mensagem N°38966
De: Iara Pimenta Data: Quarta 24/9/2008 14:19:57
Cidade: mg

Que saudades de minha casa limpa! das roupas perfumadas no varal, lençoes cobertores bem lavados tomando banho de sol, hoje temos a companhia de uma nuvem de poeria da av governador magalhaes pinto, um sonho pra nos moradores dessa região principalmente nos do bairo Alcides rabelo, estamos anciosos para ver o fim dessa construção que nos deixam tão anciosos,... alguem sabe nos dizer qdo isso vai ter fim???

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Mensagem N°38961
De: Freddye Lacerda Data: Quarta 24/9/2008 08:55:14
Cidade: Belo Horizonte/MG

Olá pessoal do site e de moc. Se fizesse um estudo estatístico de todas as reclamações/opiniões do pessoal do fórum, um dos assuntos mais visíveis seria o barulho em Montes Claros. E eu estou aqui para comprovar que, mesmo estando a 420Km daí, o barulho também me incomoda e muito, pois sempre que telefono para celulares de amigos e parentes em Moc e principalmente quando algum desses está no centro da cidade eu fico surdo daqui. É enlouquecedor os poucos minutos que escuto do centro de Montes Claros. Vamos esperar (sonhar) que um dia um pulso forte resolva isso.

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Mensagem N°38958
De: César Data: Quarta 24/9/2008 07:31:46
Cidade: Montes claros - mg

O mais espanhol de todos os montesclarenses (natural de Pontevedra, na Galícia, fronteira de Portugal), Padre Henrique Munaiz, recupera-se muito bem de uma cirurgia, no último final de semana. Está na Santa Casa, que teve de limitar as visitas tal a procisão de fiéis, admiradores e beneficiados de sua vida de santo. O espanhol padre Henrique é um patrimônio de Montes Claros.Passa muito bem.

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Mensagem N°38957
De: Petrônio Braz Data: Quarta 24/9/2008 05:47:15
Cidade: Montes Claros


Catrumano

Participei, como assistente e debatedor, no último domingo (21/09/2008), do espetáculo que está sendo apresentado no Galpão da Prefeitura Municipal, na Avenida Sanitária nº 52, aqui em Montes Claros, de 09 a 28 de setembro, de quarta a domingo, às 19:30h, que resgata de forma simbólica e muito bem apresentada a história de nossa região, a partir do povoado de Morrinhos, hoje Matias Cardoso.
Com coordenação de Cláudio Márcio e Nelson Bambam, direção geral de Nelson Bambam, assistência de direção de Cláudio Márcio e de Leonardo Alves, dramaturgia de Glicério Rosário monitorada por Gabryel Sanches e orientação de Ana Lana Gastelois, os atores Ana Flávia Amaral, Antonella Sarmento, Gabryel Sanches, Leonardo Alves. Soraia Santos, Tassiane Figueiró, Tatiana Teles e Rira Maria nos contam de forma dramatizada a história evolutiva no período colonial, buscando fixar, como uma verdade histórica, a anterioridade de Matias Cardoso em relação a Mariana.
A história por eles apresentada segue uma cronologia real que nos leva, pelo imaginário, a vislumbrar as lutas da conquista territorial e da afirmação de domínio.
O espetáculo, como eles mesmos afirmam, além de resgatar o termo catrumano, dando a ele o seu real significado, em contraposição ao que ficou estabelecido de maneira pejorativa na obra de Guimarães Rosa, enaltece a cultura baio-mineira, que se estabeleceu na região em razão do próprio movimento colonizador.
Declaram eles: “Aprendemos a nos esforçar e ser disciplinados no trabalho diário e intensivo. Compartilhamos nossas emoções e vidas. Unimos força e superamos nossas inseguranças e dúvidas. Convivemos num universo de idéias, aprendemos para a arte e para a vida a confiar nas palavras a perder, a sofrer e a escutar (...). Nós atores, artistas, mineiros, norte mineiros, consideramos o Exercício número 1: sobre Catrumano, não apenas como o resultado final do núcleo de investigação teatral de Montes Claros, mas principalmente, como início de uma nova trajetória, em que redescobrimos nossa identidade e assumimos nossa história.”
Sem ultrapassarem o período colonial da história regional, buscam definir os fatos ocorridos, no processo de colonização, de 1613 a 1736, quando ocorreu a Conjuração do São Francisco.
O resgate que está sendo buscado precisa ser mais difundido. Deve se espalhar além de Montes Claros, para que possa chegar à sede do Poder.
Como simples observação, devemos lembrar que a vila de Ribeirão do Carmo foi fundada efetivamente em 1703 e em 1745 a Vila do Ribeirão do Carmo foi elevada à condição de cidade, com o nome de Mariana. Enquanto o povoado de Morrinhos, depois Matias Cardoso, foi fundado em 1660. Não se discute, portanto, a anterioridade de Matias Cardoso em relação a Mariana.
Fiquei emocionado com a visão do espetáculo cultural, vendo passar pela tela de minha mente as lutas da conquista, povoamento e dominação da região.
A Casa estava realmente cheia, dentro dos limites de sua estrutura, o que demonstra estar havendo interesse cultural de considerável parcela da população local.

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Mensagem N°38955
De: Mário Alaor Data: Terça 23/9/2008 22:13:05
Cidade: Montes Claros-MG  País: Brasil

Com referência à mensagem nº38917,a foto das crianças do velocípede, Herculano e Maria Antonia, são filhos de Julio e Aurita Trindade Alkmim, ambos já falecidos e também Herculano; e o de terninho e pernas cruzadas, é Eldan Veloso, filho de Geraldo e Lucy Costa Veloso, também falecidos. Quanto à Eldan, reside em Brasilia-DF.

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Mensagem N°38946
De: Ernane Data: Terça 23/9/2008 15:22:43
Cidade: MOC

Acabam de ser aprovadas na câmara municipal de Montes Claros emendas que alteram projeto do meio-passe do executivo votado (...) na semana passada, em que restringia o benefício para pequena parcela dos estudantes da cidade. Cinco dos 9 artigos do projeto original (...) foram modificados. O desconto de 50% nos ônibus coletivos da cidade agora valerá para todos os estudantes do município. Foram excluídos os critérios de renda e distância da escola, por exemplo. Após a votação, os estudantes presentes no plenário, que não puderam se manifestar sob pena de verem a sessão cancelada por desrespeito ao regimento, comemoraram gritando "ahá uhu, o meio-passe é nosso". O presidente da câmara, o vereador Cori Ribeiro, chegou a chamá-los de "baderneiros" e solicitou auxílio da polícia militar para que fossem retirados do ambiente. As emendas seguem para sanção do prefeito Athos Avelino, que tem nas mãos o poder de vetá-las ou dá-las como lei municipal. (...)

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Mensagem N°38944
De: maria megali Data: Terça 23/9/2008 14:11:37
Cidade: Mato Verde/MG

Titulo da notícia: Polícia Federal prende candidatos em Mato Verde e Jaíba, acusados de compra de votos
Comentário: Esclarecendo que o candidato a prefeito e vice não foram presos, pois nada foi provado contra os mesmo, são apenas denuncias sem fundamentos da oposição. (...)

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Mensagem N°38940
De: Soares Data: Terça 23/9/2008 10:59:05
Cidade: Moc

A imprensa de M. Claros perdeu, ontem, um dos seus heróis. Morreu Walter Andrezzo, que tinha o apelido de carioca. De fato, veio do Rio de Janeiro para ser, durante anos a fio, o único linotipista de M. Claros, nos áureos tempos de “O Jornal de Montes Claros”. Para se ter uma idéia de sua importância na imprensa local, basta dizer que todas as matérias feitas pelo jornal durante décadas passavam por suas mãos ligeiríssimas. Terminada a apuração da notícia pelo repórter, concluída a revisão e edição, o texto era entregue a ele, para ser esculpido no chumbo, através da linotipo que operava como ninguém. Depois, vinha o trabalho de impressão, a cargo de Tião Camurça, misto de gráfico e boêmio, com seu vozeirão romântico, que está aí bem vivo, por toda parte, lépido e fagueiro. A morte de Andrezzo, por volta dos setenta e tantos anos, levanta a brecha para que se recomponha a heróica atuação da imprensa de M. Claros, dos anos 50 a 80. O jornal batia recordes de vendagem, com edições de 3 mil exemplares, numa época em que a cidade tinha, em média, 50 mil habitantes – seis vezes menos do que hoje. Havia uma única emissora de rádio, apenas dois jornais, e o sinal de tv ainda demoraria a chegar. O jornal – liderado por Oswaldo Antunes e Waldir Sena – manteve a cidade na linha, com informação de alto nível, com poucos e devotados trabalhadores, que escreveram na imprensa de Minas uma lição de luta e liberdade, sem medo e sem submissão. Velhos, heróicos tempos

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Mensagem N°38939
De: Estado de Minas Data: Terça 23/9/2008 10:45:46
Cidade: Belo Horizonte/MG

Ação movida pelo MP vira arma na campanha Luiz Ribeiro O juiz da segunda vara da Fazenda Pública de Montes Claros, Richardson Xavier Brant, encaminhou notificação à Prefeitura de Montes Claros, para que o município forneça à Justiça informações sobre os funcionários contratados sem concurso público. Ele tomou essa providência em atendimento à ação civil, com pedido de antecipação de tutela e condenação por improbidade administrativa, impetrada pelo Ministério Público do Trabalho e pelo Ministério Público Estadual contra o atual prefeito de Montes Claros, Athos Avelino (PPS), e os ex-prefeitos Luiz Tadeu Leite (PMDB) e Jairo Ataíde (DEM), devido à contratação irregular de funcionários sem concurso público. Os dois primeiros estão na disputa pela prefeitura e por isso, desde sexta-feira, o ajuizamento da ação vem sem usado na propaganda eleitoral do deputado estadual Ruy Muniz (DEM), que também concorre à prefeitura.
A ação civil pública é assinada pela procuradora do Ministério Público do Trabalho Virgínia Leite Henrique e pelo promotor Paulo Vinícius Magalhães Cabreira, da Comarca de Montes Claros. A ação também foi ajuizada contra o município. Segundo o MPT e o MPE, atualmente, dos cerca de 8 mil funcionários, praticamente a metade foi admitida sem concurso, o que contraria a Constituição.
No pedido de liminar , a procuradora e o promotor querem que o município seja obrigado a realizar, dentro de 30 dias, concurso público para admissão de pessoal, especialmente em relação ao Programa de Saúde da Família (PSF), sob pena de pagamento de multa de R$ 10 mil por mês, em caso de descumprimento. Eles pedem ainda que, após a realização do concurso, sejam dispensados todos os funcionários não-concursados. Se a ação for acolhida, a prefeitura somente poderá contratar servidores em caráter temporário em casos de situação “extraordinária, imprevisível ou incomum”.
A reportagem tentou, mas não conseguiu falar com o procurador do município, Otávio Augusto Melo Franco. O ex-prefeito Luiz Tadeu Leite alegou que ainda não foi citado. “Mas a informação que recebi dos meus advogados é que o fato, que seria objeto da ação contra mim, já foi prescrito juridicamente”. O advogado do ex-prefeito Jairo Ataíde, Farley Menezes, disse que recebeu a notificação e que vai apresentar a defesa dentro do prazo legal (15 dias). Ele argumentou que Jairo Ataíde já respondeu a duas ações semelhantes, mas que foi absolvido. Por isso, vai pedir a exclusão do ex-prefeito da nova representação. Menezes disse ainda que a maior responsabilidade das contratações irregulares é da atual administração.

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Mensagem N°38935
De: Rose Soares Data: Terça 23/9/2008 10:39:33
Cidade: MOC

REF. MENS 38931
O Senhor envolvido no acidente da av. geraldo athayde,apesar de aparentar muito nevorsismo, ficou o tempo todo no local, sendo que o seu carro ficou na rua do lado, e só saiu a poucos minutos atras depois de feita o BO

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Mensagem N°38934
De: Geysa Data: Terça 23/9/2008 10:25:54
Cidade: M. Claros

O consumo de drogas em M. Claros se alastra absurdamente, em toda parte, a toda hora. Multiplicam-se os apelos para que a polícia contenha a importunação causada por drogados, para usar uma palavra amena - importunação. Domingo, por volta das 8h da manhã, na praça mais central de M. Claros foi preso um rapaz de 18 anos que cheirava tinner, substância tóxica. De dia, sol quente, na praça mais central da cidade. Precisou ser visto pelas cãmeras do olho vivo, desde a sala do batalhão da PM. Preso, mais uma vez foi verificado que tem tem 22 passagens pela polícia. Uma situação dessas tem jeito? Em Que mundo estamos vivendo!!

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Mensagem N°38933
De: POLÍCIA FEDERAL Data: Terça 23/9/2008 10:19:05
Cidade: Montes Claros/MG

Nome: POLÍCIA FEDERAL
Telefone: (38) 32143989
Mensagem: RESENHA DE OPERAÇÃO POLÍCIA FEDERAL DE MONTES CLAROS/MG PRENDE 4 PESSOAS E CUMPRE 16 MANDADOS DE BUSCA E APREENSÃO NO COMBATER À CAPTAÇÃO DE SUFRÁGIO. Resenha Nesta terça-feira, dia 23.09.2008, a Polícia Federal de Montes Claros/MG realiza a operação policial denominada "LIVRE SUFRÁGIO". A Operação tem por finalidade o cumprimento simultâneo de 04 mandados de prisão temporária e 16 de busca e apreensão, nas cidades de Mato Verde/MG e Jaíba/MG. Há mandado de busca para ser cumprido, inclusive, na Prefeitura Municipal de Mato Verde/MG. O objetivo central da Operação em referência é o combate à "compra de votos" nas eleições deste ano de 2008. Os mandados foram expedidos pela Justiça Eleitoral da 180ª Zona Eleitoral - Monte Azul/MG. Além dos presos, os candidatos a Prefeito e seu vice, no município de Mato Verde/MG, serão indiciados pelos crimes de formação de quadrilha e captação de sufrágio (CP, art. 288 e CE, art. 299). As penas máximas, somadas cumulativamente, podem chegar a 07 anos de prisão. Fonte: Delegacia de Polícia Federal em Montes Claros/MG.

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Mensagem N°38931
De: Heitor Gabriel Silva Costa Data: Terça 23/9/2008 10:13:01
Cidade: Montes Claros/MG

Acidente na avenida Geraldo Athayde: O acidente ocorreu entre as 9:15 da manhã,sendo uma colisão de um carro que bateu em uma moto,o Samu já fora acionado e não conseguiram encontrar quem provocou o acidente. O fato ocorreu próximo a nutritec.A polícia avalia o caso no momento. Heitor Gabriel Silva Cosa - 12 anos

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Mensagem N°38929
De: Rose Soares Data: Terça 23/9/2008 10:03:36
Cidade: moc

à meia hora atrás acidente grave na av. geraldo athayde,em frente a sementes valeminas; um carro conduzido por um senhor idoso entrou na av. atingindo um motoqueiro que descia sentido centro, sendo que o mesmo "voou" sobre o carro e foi parar uns quinze metros á frente. Esse é o nosso transito!

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Mensagem N°38924
De: Raphael Reys Data: Terça 23/9/2008 07:03:27
Cidade: Moc - Mg  País: Br

SÉTIMO CÍRCULO DO ÉREBRO

Marcava o calendário gregoriano o ano 2000, fim de uma e começo de outra era entre povos. Na bucólica cidade de Monte Azul, no Norte de Minas, transcorria uma cálida manhã de sol. Como em toda pequena urbe que se preze, a macharia na sua quase totalidade tomava uma branquinha com tira-gosto de uma boa talhada de requeijão.
A vida corria ao Deus-dará, o gado cagava pára trás no pasto botando o dono para frente, na cidade. A bolsa família provia o sustento da malandragem da roça, o morro azul cintilava no horizonte sob os raios do sol e as muriçocas dormiam nos galinheiros e nos telhados das casas...
Deu meio dia e Geraldo Foguinho, mui digno jogador do Odom Oliva Esporte Clube, eterno rival do Maec, um pouco antes do almoço abriu o livro de salmos alhures e entrou em prece agradecendo pelo alimento. Súbito sentiu um estalo no parietal direito, uma reverberação sonora e vibrátil na glândula pinel. Um som meio difuso sustenido.
Abriu-se uma janela metafísica e através da mesa um ser etéreo, portador de chacras humerais, que o vulgo e profano chama de asas de anjo o chamou-o a atenção fazendo, em seguida, uma predição. Instruiu-lhe a alertar com urgência a população sobre uma tromba dágua que logo mais se abateria sobre a cidade trazendo morte e destruição. Geraldo deixou o prato com o almoço sobre a mesa e saiu.
De porta em porta avisava aos moradores sobre a visão e a predição e logo subiu rumo à Esplanada e viu um boteco cheio de gente que tomava uma branquinha com rosário. Geraldo entrou no salão e pediu a atenção de todos! Relatou a visão e a predição do anjo do Senhor e conclamou a todos irem procurar abrigo seguro em suas casas.
O dono do boteco, o indefectível botequineiro habituado a delírios etílicos de seus clientes, bateu palmas chamando a atenção de todos adotou um ar de superior, fez boca de muxoxo sentenciou em alto e bom som: dessa água que vem aí eu bebo toda!
Mal pronunciou a zombaria e um ribombo com força de mil megatons irrompeu nos céus de Monte Azul!
Rasgou o firmamento de costado a costado e vindo das profundas uma tromba dágua lambeu a cidade.Parecia ouvir milhões de vozes no clamor de Castro Alves: Ventos, trovões, tempestade, rolai das imensidades, varrei os mares tufão!
Quando parou a catástrofe natural levando consigo os maus entes etéreos da cidade e os depositando no círculo mais profundo do Érebro de Dante, no centro da cidade, em frente à casa de Josias Mascarenhas na rua Odom Oliva nasceu uma cratera monumental que cabia em seu espaço forjado uma boa parelha de carretas com as devidas Julietas com três eixos trucado!
Geraldo Foguinho sabiamente ouviu mais uma vez a voz do seu “Deimom” e o mesmo lhe relatou, pela segunda vez, um dito da sabedoria popular Indiana: Quando o demônio viaja no seu baú, lembra-te do teu inferior.
Revelou ainda a visagem que o procedimento da tromba dágua fora adotado pela Providencia Divina para levar, pela força gravitacional e de atração vibratória, as almas penadas que abundavam pelas ruas da cidade em busca de machos para sugarem com isso o ectoplasma etílico dos mesmos.
Eram almas daqueles que morreram de tanto beber e que agora, por força da atração dos seus desejos, se encontravam anexadas as auras dos que estão vivos e se entregam ao Deus Baco curraleiro!

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Mensagem N°38922
De: Marden Carvalho Data: Segunda 22/9/2008 20:01:26
Cidade: Londres  País: Inglaterra

RUAS VERDES

Verde eh a palavra da moda aqui na europa. Especificamente, aqui na Inglaterra essa palavra eh "Green". Verde da um sentido de limpo, puro, organico, ecologico. Verde vende. E uma prova disso eh a McDonald`s, que comeca a mudar os designs de seus estabelecimentos na Inglaterra para a cor verde, introduzindo tambem no cardapio algumas mudancas como: mais saladas, frutas e sucos naturais.
E nessa onda verde, literalmente algumas ruas de londres estao sendo pintadas de verde para sinalizar as ciclovias. Isso mesmo, uma parte do asfalto negro ganha agora uma camada de cor verde sinalizada com simbolos de bicicletas indicando que ali eh uma ciclovia, destinada a veiculos de duas rodas "nao motorizados". Ou seja, a moto nesse espaco nao tem vez!
E quem ganha com isso? A populacao eh claro. Mais bicicletas implica em menos carros nas ruas, que induz a menos consumo de combustivel fossil e portanto um ar menos poluido. Mais bicicletas, quer dizer que ha mais gente praticando exercicios e portanto menos gente lotando hospitais por causa de problemas cardiovasculares. Menos obesos e com isso menos problemas que esta doenca conleva.
O proprio autor destas linhas optou por este tipo de transporte para o seu dia-a-dia e foi mais alem, entrou numa profissao onde cada vez mais ganha novos adeptos por empresas de transportes e entregas, aqui conhecimo como "pushbiker courier".
Mas para ser ter "ruas verdes" eh preciso ter planejamento e uma boa educacao. Mais ciclovias em cidades nao planejadas implica em menos espacos, ou para carros ou para pedestres. Implica em mais estacionamentos para bicicletas. O que se pode esperar de cidades onde carros estacionam em passeios destinados a pedestres? Estariam eles preparados para respeitar as ciclovias?
Por isso que antes de qualquer planejamento, o mais importante eh uma boa educacao. Um pedestre tem que saber que deve atravessar a rua sobre uma faixa de pedestre e os condutores tem que saber que devem respeitar essa faixa. E me veio agora a memoria de um fato, no Japao a educacao viaria comeca a ser ensinada no jardim de infancia e lembro-me do quanto ficava admirado ao ver criancinhas de aproximadamente 5 anos de idade indo para a escola que ficava perto de onde morava e quando queria atravessar uma rua ou avenida e que nesta nao tinha semaforos para pedestres, entao elas erguiam o braco para cima ou levantavam uma bandeirinha, entao os carros paravam e elas atravessavam a rua com a mao ou bandeira estendida para o alto, ate o outro lado da rua e ao chegar do outro lado, paravam para agradecer os carros que tinham parado, curvando-se para frente no tradicional gesto de agradecimento dos japoneses.
Portanto sejamos educados e nos respeitemos mutuamente. E ja que eh uma tendencia mundial que bicicletas se tornem cada vez mais o meio de transporte preferido das cidades que sofrem problemas de congestionamentos, criemos entao mais "ruas verdes" e eduquemos nossos pedestres, ciclistas e condutores para um transito mais harmonioso e pacifico.


(Marden Carvalho, de 34 anos, nasceu em Montes Claros, imigrou aos 21 anos para o Japão, onde morou por dois anos. Depois de breve retorno à terra natal, foi para Portugal, onde permaneceu por 5 anos, seguindo para a Espanha (3 anos). Atualmente, está na Inglaterra onde trabalha em duas áreas: computadores, reparacao, e como barman)

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Mensagem N°38920
De: Flávio Maurício Data: Segunda 22/9/2008 17:55:10
Cidade: Januária - M Claros  País: Brasil

Agora são 17h52min: chove intensamente em toda Januária e região. O Norte mineiro olha para o céu e dá benção a Deus. Que assim sempre seja. Amém.

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Mensagem N°38919
De: Roberto Data: Segunda 22/9/2008 16:58:50
Cidade: Montes Claros/MG  País: Brasil

Estive no aeroporto ontem quando embarquei para Belo Horizonte, e pude notar, mais uma façanha da infraero - foram instaladas novas grades na area destinada a observação das aeronaves. A pequena area foi reduzida em mais de 70%. Vamos aguardar agora o que de fato será erguido ou como será utilizado aquele importante espaço para a população. Falta a população de Moc e região aclamar por serviços melhores de aviação no norte de Minas Gerais.

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Mensagem N°38918
De: Carol Data: Segunda 22/9/2008 16:57:15
Cidade: Montes Claros

Para mensagem 38858: Como seria maravilhoso se tivessemos uma "Luneta Mágica" onde poderiamos só observar as belezas de Montes Claros...

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Mensagem N°38917
De: Alves Corrêa Data: Segunda 22/9/2008 16:47:24
Cidade: MONTES CLAROS

Que a Fazenda das Quebradas é histórica para a cultura de Montes Claros, já há cerca de 200 anos, isto foi dito aqui – neste Mural.

É importante como núcleo produtivo campestre nos século 19 e 20, talvez um pouco antes.

É importante pelos acontecimentos (e lendas) que lá ocorreram – como o velho Cruzeiro, no mais alto da serra, perseguido por pedras a esmo levantadas contra o símbolo do Cordeiro, no Gólgota, “coisa do romaõzinho”.

É importante como sala de visitas da Montes Claros romântica, fidalga, roceira, meiga, doce. E aonde veio asilar-se, numa tarde, o ex-presidente JK, que deixou na parede a relíquia de sua assinatura, no momento em que era rudemente perseguido pelo regime que o condenou a degredo.

(Um jovem chegado a leituras, coisa em desuso, até identificou nos escritos de Bernardo Guimarães a reprodução de sede igual, senão ela, do casario das Quebradas - na abertura de “O Seminarista").

Ontem, na tarde enfarruscada e bela, cheia de presságios, abriu-se na Fazenda das Quebradas uma caixa de fotos.

A caixa libertou as fotos acima. E todo o lirismo que delas escapa:

Irmãs de caridade, de amor, portanto, severamente vestidas; as primeiras que chegaram da Bélgica para Montes Claros, no dealbar do século 20.

Casal, ele de gravatinha borboleta, lenço no paletó, nimbado pela aragem romântica de outros tempos.

Crianças em velhos velocípedes.

O elegante dobre de joelhos, no terno impecável, do menino antigo, que remete a outros meninos antigos.

A elegância do chapéu acima dos óculos redondos. E a dedicatória à madrinha, feita por homem reverente (como não se usa mais).

A pose na cadeira, de 1938; de Elze, Benedicto e Dias, para D. Luiza, na “pequena lembrança”, perene.

A “chapa” das duas moças, de coque, custodiando crianças de colo.

A “amiga Mainha”, de 1927; e suas duas linhas de “uma recordação” que valem por páginas, letra rendilhada a pena de nanquim, num 1º de Janeiro, daqueles que se perderam.

Tem ainda o bacharel em vestes de colação, de 1927.

Para tudo coroar, surge a foto da dona da casa.
Elegante, de óculos, bolsa, investida (sempre) na qualidade de ser a grande dama, uma delas, de nossa civilização. Absorta, na leitura e no sonho, de que a Fazenda das Quebradas é a nossa guardiã.

As fotos, singelas, içam da história esta fazenda das Quebradas.
Parte essencial de Montes Claros, a de ontem, a de hoje, a de sempre.

“Patriazinha”, acrescenta João Guimarães Rosa - um Joãozito, como o da foto, de pernas cruzadas.

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Mensagem N°38913
De: Maria cleusa do Delfino Data: Segunda 22/9/2008 16:24:25
Cidade: Montes Claros - mg

há dias que estou com minha mãe que é idosa ,levando em postos de saúde para conseguir tratamento hoje estou com a guia de internamento para o Hospital Universitário e não consegui ineterná-la por que segundo a funcionária, só pode internar os casos de referência por causa da greve.Uma sugestão ao Governador,pegue um pouquinho de tantos impostos que minas arrecada e melhore os salários dos profissionais para atenderem a população.

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Mensagem N°38902
De: Micheline Data: Segunda 22/9/2008 11:11:15
Cidade: Bocaiúva

(...) Neste sábado, em Bocaiúva, um homem embriagado perdeu o controle de sua caminhonete e a jogou contra dezenas de pessoas, que estavam em mesas de barzinho na rua, próximas à calçada. Uma jovem ficou bastante ferida. O "motorista" foi conduzido à delegacia. Será que sofrerá punição? A fragilidade das leis consiste em seu não cumprimento... Todo mundo faz o que quer e não há fiscalização, muito menos punição.
É caótico o trânsito... É triste a cultura da impunidade no Brasil.

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Mensagem N°38900
De: Ellen Data: Segunda 22/9/2008 10:15:39
Cidade: Montes Claros  País: Br

Realmente o incino publico (ensino) da escola estadoal (estadual)simeão ribeiro deve estar muito ruim. Será que o problema é com quem? Com os professores ou com os alunos? Pode até ser que o problema esteja no professor, mas acho bem provável que grande parte se encontra no aluno, garanto que um aluno como este deve possuir o minimo de leitura possível, pois qualquer pessoa com o minimo de estudo e que possua hábitos de leitura conseguiria escrever uma palavra como ensino, palavra esta tão simples e que faz parte de nosso cotidiano. Todos sabemos que o ensino público necessita de melhoras, mas tenho a esperança de que este menino tenha feita sua reivindicação dessa maneira apenas para causar repercursão, caso seja o contrário ele pode voltar para a séries iniciais para ser alfabetizado, porque se houver algum problema em seu aprendizado o mesmo se deu nestas séries e não agora ou então leia bons livros, jornais e revistas que com certeza seu conhecimento irá melhorar. Precisamos de mais incentivos a leitura.

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Mensagem N°38899
De: Mera Data: Segunda 22/9/2008 09:27:18
Cidade: Montes Claros - MG

Todos pedem mais chuva e menos políticos.

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Mensagem N°38895
De: Rubens Santana Data: Segunda 22/9/2008 09:07:52
Cidade: Montes Claros

Primavera começa hoje às 12:45
Rubens Santana

Uma frente fria e um pouco de chuva devem marcar a entrada da primavera, estação do crescimento de flores e desenvolvimento dos frutos. Hoje a nova estação traz ao tempo colorido vivo e o perfume das flores que se abrem. Em Montes Claros e na região, a primavera assume o lugar do inverno, às 12h45. A nova estação vai durar exatos 89 dias, 20 horas e 19 minutos.
NASCER DO SOL ­ segundo o clima tempo, o Sol nasceu às 5h45 e vai se pôr às 17:52, e os dia será com sol muitas nuvens durante o dia. Períodos de nublado, com chuva a qualquer hora.
As estações do ano acontecem devido à inclinação do eixo de rotação da Terra de 23º44` sobre o plano de sua órbita elíptica de baixa excentricidade. Mais do que uma decorrência natural da inclinação do eixo de rotação do planeta, as estações do ano são poderoso instrumento para conhecermos o calendário solar que adotamos e sua história.

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