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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 17 de maio de 2024
 

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Mensagem: O outro lado da serra Waldyr Senna Batista Pelo que se havia divulgado até a semana passada sobre a urbanização da serra do Melo ( ou do Mel), ficou para o público a impressão de que as obras ali já começaram e que a qualquer momento máquinas pesadas entrariam em operação, e transformando a paisagem na região oeste da cidade, onde se pretende demarcar 3 mil lotes. Essa impressão é equivocada, fruto certamente de distorcida divulgação. A implantação do projeto, se forem superadas as resistências, que só estão começando, deverá ser iniciada dentro de alguns anos. Não há ainda nem projeto do que se pretende fazer. O que existe até agora é apenas um “book” contendo fotos do matagal existente no local e imagens virtuais, que estão ilustrando a publicidade divulgada na imprensa nos últimos dias, além de levantamento topográfico que definiu a área que servirá de base para a elaboração do projeto. Outros levantamentos serão necessários, com pareceres de órgãos ligados ao meio ambiente e procedimentos nos níveis federal, estadual e municipal, sem falar em eventuais medidas judiciais que poderão arrastar-se por muito tempo. O grupo proprietário do terreno a ser trabalhado é constituído por quatro empresários de Montes Claros, que se associaram às empresas Construtora Caparaó e Patrimar Engenharia, com as quais foi firmado contrato de incorporação. Elas contrataram o arquiteto e paisagista Sérgio Santana, de renome internacional, para desenvolver projeto de parque ecológico, inteiramente enquadrado na legislação vigente, condição, aliás, essencial para a aprovação junto aos órgãos oficiais. Há muito chão e muito papel pela frente. O que se sabe é que o empreendimento será implantado no “platô” da serra, respeitando a área de preservação nos dois lados , com recuo de cem metros de cada lado, de tal forma que, no futuro, observada da cidade, não se perceberá nenhuma modificação na paisagem. Assim, o pôr-do-sol ficará intacto, diz Charles Antônio Veloso Pinto, porta-voz do grupo empreendedor, no contato que manteve com o signatário da coluna, repetindo expressão usada aqui na semana passada. São dele as informações de que ainda não há projeto, tudo se resumindo, por enquanto, em coordenadas que balizarão o projeto. Ele afirma que não se justificam as preocupações de ativistas ambientais, de que a intervenção pretendida aumentará os riscos de deslizamentos semelhantes aos ocorridos recentemente na região serrana do Rio de Janeiro, porque o projeto manterá intocadas a encosta da serra e grande área de chapada, que será transformada em parque de uso público. Nas ruas e outras áreas de circulação, em vez de asfalto, serão usadas rochas, que garantirão a permeabilidade do terreno. Segundo o representante do grupo empreendedor, são compreensíveis os temores de ecologistas, registrados ultimamente, quanto à preservação da área. Mas eles logo serão esclarecidos, porque o empreendimento atenderá a todos os requisitos de proteção da natureza, até porque, se assim não for, ele se inviabilizará, comercial e socialmente, além de contrariar a concepção dos técnicos e empresários envolvidos no trabalho. A proposta vem sendo objeto de manifestações há meses, mas o debate ampliou-se depois que esta coluna se ocupou do tema na semana passada. Isso foi bom, porque mostrou o outro lado da questão, com os incorporadores divulgando seus planos, prestando informações e reforçando as juras de bom comportamento ecológico.Resta saber se os preservacionistas, que são contrários ao projeto, se deram por satisfeitos. Isso só eles podem dizer. Assim, a pergunta foi dirigida ao mais atuante deles, Sóter Magno Carmo, que respondeu de pronto: “Não satisfez e não mudou nada. Estamos e continuaremos contra esse projeto, que é prejudicial à cidade e à sociedade. Iremos até as últimas consequências para impedir a concretização dele”. (Waldyr Senna é o mais antigo e categorizado analista de política em Montes Claros. Durante décadas, assinou a ´Coluna do Secretário´, n ´O Jornal de M. Claros´, publicação antológica que editava na companhia de Oswaldo Antunes. É mestre reverenciado de uma geração de jornalistas mineiros, com vasto conhecimento de política e da história política contemporânea do Brasil)

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