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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 16 de maio de 2024
 

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Mensagem: FICÇÕES... E UM RESTO DE NOITE... Encostado á parede do restaurante de luxo, marco com o pé, o ritmo quente e assovio “Greem With Envy Blues”. Recebo a última réstia de luz da tarde na Avenida Sanitária que já entra no lusco-fusco. Assume o céu, um tom cinzento. Uma excitação quase mórbida, e no dizer do poeta um frenesi de dar bananas. O Garden-Party retoca o seu smoking. A dama de azul turquesa toma o rumo do ao Automóvel Clube. E o garçom, usa um Summer de S 120 branco. Um fascínio, um desencanto, um aroma de perfume. E no dizer portenho: um resto de tango e um assovio. Ela comprou um pequeno e famigerado vidro de perfume Francês/Paraguai. Agora passa pela avenida pisando a trilha dos seus próprios pensamentos. Na via da sua imaginação, buscando fugir do momento objetivo da realidade presente. Concreto, e determinante. Apanha um táxi! Ernesto Van transita lentamente assoviando “Doralice”, Virgínia de Paula copia do seu livro de bruxa irlandesa, uma receita com infusão de folhas e ervas e a poetiza Dóris Araujo faz mais uma composição, cheia de amor para dar. A escritora Maria Luiza se encanta com o meu Alento e sublima a poesia da sua alma em comunhão. A acadêmica Karle Celene e a sua alma gêmea Roberto tomam um scoth, under the rocs no restaurante Quintal. Um galo de Campina canta numa gaiola de arame. São milhões de trinados! Uma vitrine isolada e desgastada reflete os lumens da luminária,e o espelho francês mostra a beleza clássica do rosto de Conceição Melo. No banco da frente, um manequim de plástico, estático. Surrealista! No tórax está escrito em letras grifais Sou do Tico Lopes. No banco de trás, Amiguinho, com seu sorriso amarelo e gelado, a Boneca de Leonel, vestida de chita, a pirata cabo de prata, de Virgínio Preto, e os óculos modelo Ronaldo de Neco Santa Maria. Ruas transversais e, por toda noite a luz brilhante de lâmpadas de néon. Vejo as linhas da palma de minha mão. Nelas estão registradas as rotas do meu destino carmico! Boquiaberto, peco um café espumoso na birosca moderna. Há um incesto, uma tentativa de homicídio e um streeking, na orla fluvial do Rio Vieira. Uma cama giratória com Baco e Vênus. Um triunvirato, trivial simples. Uma velha senhora pede uma fubuia no boteco. O menino degusta um picolé saia curta. A dama de azul passa por mim, discreta, entretanto, o seu decote mostra um par de seios siliconados. Os seus olhos são de Vaca Pidona. Na esquina próxima, uma cena de Felline. Corações juvenis cheiram cola de sapateiro e vagam pelos tortuosos caminhos do inconsciente pavloviano pediátrico. O mundo gira e a lusitana roda. Há um íncubus no quarto daquela viúva macumbeira. Felippe Prates declama Fromm Glicose após a sexta dose de Jack Daniels no Restaurante do Armand`os. Elthomar Santoro solfejando Rapariga do Bonfim e rescendendo “oroma” de curraleira! Há um To be or not to be, numa esquina próxima. Um compositor conclui que os instrumentos da felicidade são: uma escalera grande, otra chiquita. Um literato sentado à janela rococó do sobrado colonial; lê “Éramos Felizes e Sabíamos” e me acena. Uma dama da noite passa gingado sensualidade e cheirando a mistério e Madeiras do Oriente. Ela veste uma calca jeans cocote, já formando um culote, anda balançando o seu Bumbum Pratibumbum Burugundum. Um veículo moderno circula pela via e através da janela sai um bolero de Benvenido Granda. Um pederasta ativo e passivo arranja uma briga com um cáften na esquina! Um sapato branco e marrom fica no meio fio. Um filete vermelho interliga o calçado, o piso do passeio, o meio fio e a pista de asfalto. Há um sofrer sem compreender, e um dar de si, sem conta.

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