Receba as notícias do montesclaros.com pelo WhatsApp
montesclaros.com - Ano 26 - quarta-feira, 8 de outubro de 2025

"...o inquérito (...) investigou um sofisticado esquema de fraude em licitações públicas na região Norte do estado. Os quatro investigados foram indiciados pelos crimes de fraude..."

Segunda 06/10/25 - 9h07

9h06m, segunda-feira, da Polícia Civil:

Janaúba: Polícia Civil conclui inquérito sobre fraude em licitação

Em Janaúba, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu, na última sexta-feira (3/10), o inquérito que investigou um sofisticado esquema de fraude em licitações públicas na região Norte do estado.

Os quatro investigados foram indiciados pelos crimes de fraude à licitação, uso de documento falso e falsidade ideológica. O inquérito já foi remetido à Justiça.

Investigação

A apuração revelou a atuação de empresas de fachada criadas exclusivamente para simular concorrência em processos oficiais e viabilizar contratações irregulares por meio do Consórcio União da Serra Geral, em claro prejuízo ao interesse público.

A investigação foi conduzida pela Delegacia de Polícia em Janaúba e teve início após denúncia formalizada por um empresário da região, que apontou indícios de que as empresas participantes do certame, embora distintas no papel, estariam sob o controle de um mesmo grupo. O caso envolveu o Pregão Eletrônico nº 001/2025 e resultou no indiciamento de quatro pessoas.

Modo de agir

De acordo com os trabalhos investigativos, os suspeitos se valeram de documentos falsos e da constituição de empresas apenas formais para ocultar a centralização da atuação. Familiares e pessoas de confiança do principal articulador figuravam como sócios, enquanto o verdadeiro comando permanecia oculto.

As apurações revelaram que, entre os documentos fraudulentos utilizados no certame, estava um atestado de capacidade técnica falso que declarava a coleta de 3.450 toneladas de resíduos sólidos em apenas um mês — informação desmentida pela administração municipal indicada como contratante.

Durante os levantamentos, os policiais constataram que os endereços declarados pelas empresas como sedes não correspondiam à realidade. Em um dos casos, tratava-se apenas do muro lateral de um imóvel residencial. Outra empresa funcionava no mesmo endereço de uma firma já conhecida por contratos públicos anteriores. Esses elementos indicaram confusão patrimonial e operacional, além da unidade de comando e gestão do grupo.

Secretários municipais ouvidos no inquérito confirmaram que o principal investigado se apresentava como representante das empresas, ainda que não figurasse nos quadros societários.

Reincidência

O inquérito também reuniu informações encaminhadas por uma companhia de saneamento que comprovam o histórico de irregularidades do grupo. Entre elas, constam sanções administrativas já aplicadas, como a suspensão de contratos por 18 meses, além de indícios de falsificação de laudos técnicos. O conjunto de provas reforça a reincidência e a habitualidade na prática de fraudes contra a administração pública.

Segundo o delegado André Brandão, responsável pelo caso, o material colhido demonstra que se tratava de uma fraude altamente organizada. “As investigações revelaram um esquema estruturado, com divisão de tarefas e uso deliberado de mecanismos fraudulentos para simular legalidade e obter vantagens ilícitas em contratos públicos”, destacou. “O trabalho da PCMG foi técnico e minucioso, resultando em provas sólidas para o indiciamento”, finalizou.


***

Resumo:

A Polícia Civil concluiu em Janaúba, no Norte de Minas, um inquérito que apurou um esquema de fraude em licitações públicas. Quatro pessoas foram indiciadas por fraude à licitação, falsidade ideológica e uso de documentos falsos.

As investigações apontam que empresas de fachada foram criadas para simular concorrência e favorecer contratos irregulares por meio do Consórcio União da Serra Geral.

O caso já foi encaminhado à Justiça.

***

6h51m, terça-feira, do jornal O Tempo, de BH:

PCMG conclui inquérito sobre fraude em licitações públicas no Norte de Minas

Empresas de fachada eram usadas para simular concorrência e garantir contratações irregulares por meio do Consórcio União da Serra Geral

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu, na última sexta-feira (3/10), o inquérito que investigou um esquema de fraude em licitações públicas na região Norte do estado, com atuação central em Janaúba.

Quatro pessoas foram indiciadas pelos crimes de fraude à licitação, uso de documento falso e falsidade ideológica.

O procedimento foi encaminhado à Justiça.

Esquema e funcionamento De acordo com as investigações conduzidas pela Delegacia de Polícia em Janaúba, o grupo utilizava empresas de fachada criadas para simular concorrência em processos licitatórios e garantir contratações irregulares por meio do Consórcio União da Serra Geral, em prejuízo ao interesse público.

A apuração teve início após denúncia de um empresário da região, que apontou que as empresas participantes de um pregão eletrônico estariam sob o controle de um mesmo grupo.

Familiares e pessoas de confiança do principal articulador figuravam como sócios formais, enquanto o comando efetivo permanecia oculto.

Durante os levantamentos, a PCMG constatou o uso de documentos falsos, como um atestado de capacidade técnica que informava a coleta de 3.450 toneladas de resíduos sólidos em apenas um mês — dado desmentido pela administração municipal indicada como contratante.

Também foi verificado que os endereços das empresas eram inexistentes ou compartilhados, indicando confusão patrimonial e operacional. Reincidência e punições anteriores.

As investigações apontaram ainda que o grupo já havia sido alvo de sanções administrativas, incluindo a suspensão de contratos por 18 meses e indícios de falsificação de laudos técnicos, confirmando a reincidência e a habitualidade na prática de fraudes contra a administração pública.

O delegado André Brandão, responsável pelo caso, destacou a complexidade do esquema.

“As investigações revelaram uma fraude estruturada, com divisão de tarefas e uso deliberado de mecanismos falsos para simular legalidade e obter vantagens ilícitas em contratos públicos.

O trabalho da PCMG foi técnico e minucioso, resultando em provas sólidas para o indiciamento”, afirmou.

Compartilhe
Siga-nos nas redes sociais