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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 20 de abril de 2024

Ministro Padilha menciona "nova situação política no Brasil" e afirma que imagens no Palácio do Planalto foram editadas

Quinta 20/04/23 - 14h42

Na manhã desta quinta-feira, 20, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), comentou em entrevista sobre as imagens que mostram o general Gonçalves Dias durante os ataques do 8 de Janeiro.

Ele afirmou que a teoria de que o governo teve participação nos atos é absurda e que o vazamento das imagens criou uma nova situação política no Brasil.

Disse Padilha:

“Tentam criar uma teoria absurda da conspiração, um verdadeiro terraplanismo de que as vítimas daqueles atos terroristas, que foram o STF, o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto, de que aquelas vítimas têm qualquer responsabilidade sobre a atuação dos terroristas no dia 8 de janeiro.

Na nossa opinião, o vazamento editado dessas imagens cria uma nova situação política.

Por conta disso, orientamos o líder da Câmara, do Senado e do Congresso, no diálogo com os líderes dos partidos que compõem a base a afirmar, claramente, desde ontem, que, caso a sessão do Congresso da próxima semana tenha leitura de instauração da CPMI, que na minha opinião será quem vai apurar o atentado terrorista do dia 8 de Janeiro, nós apoiaremos a instalação.

Vamos orientar os líderes dos partidos da base a indicar membros para a CPMI, vamos enfrentar o debate político que está tentando ser criado por aqueles que passaram pano para os atentados do dia 8 de Janeiro”.


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Governo vai apoiar CPMI de atos golpistas

Anúncio foi feito pelo ministro Alexandre Padilha

Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil - Brasília



O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse, nesta quinta-feira (20), que o governo apoiará uma possível comissão no Congresso para investigar os atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília. Na ocasião, os prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto foram invadidos e depredados por vândalos.

“Vamos enfrentar este debate político que está sendo criado por aqueles que passaram pano para os atentados terroristas do dia 8 de janeiro. Ao mesmo tempo, vamos continuar apoiando as ações da Polícia Federal e do Judiciário na apuração de evidências, provas, para identificar os culpados e condenar aqueles que sejam responsáveis pelos atos”, disse, destacando que o governo apoia a total investigação do envolvimento de agentes públicos nos atos.

Na quarta-feira (19), Padilha se reuniu com os líderes do Governo, senadores Jacques Wagner e Randolfe Rodrigues e o deputado José Guimarães, e orientou que, em diálogo com os demais líderes, indiquem membros da base aliada para participarem da investigação do Parlamento.

Na próxima quarta-feira (26), o Congresso Nacional faz sua primeira sessão do ano, e há a expectativa de ser lido o requerimento para instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Antidemocráticos.

A decisão do governo acontece após a divulgação de imagens, nesta quarta-feira, pela imprensa, que mostram o general Gonçalves Dias, então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, e outros funcionários da pasta, no interior do Palácio do Planalto, interagindo com os vândalos, no dia 8 de janeiro. Ainda nesta quarta-feira, Dias pediu demissão do cargo, aceita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Padilha disse que o vazamento das imagens, que, segundo ele, foram editadas, criam uma nova situação política.

“Na nossa opinião, isso cria uma nova situação política, faz com que aqueles que passaram pano para os atos terroristas do dia 8 de janeiro e que tentam criar uma teoria absurda da conspiração, um verdadeiro terraplanismo da teoria que tentam construir, de que as vítimas daqueles atos terroristas que foi o Congresso Nacional, que foi o Supremo Tribunal Federal, que foi aqui o Palácio do Planalto, foi a democracia, que foi o resultado eleitoral, de que aquelas vítimas têm qualquer responsabilidade sobre a atuação dos terroristas no dia 8 de janeiro”, disse. (...)

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