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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 2 de maio de 2024
 

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Mensagem: Marão O lançamento de meu segundo livro, o volume II, das Estórias do Bala, em 1997, foi incluído na programação de uma Exposição Agropecuária, em Montes Claros, na data em que se comemorava mais um aniversário da cidade. O evento coincidiu com a visita de um montão de autoridades ao Parque João Alencar Athayde, o que esvaziou minha festa. Tanto que foram vendidos apenas vinte livros, a alguns parentes e amigos, gatos pingados. Não deu nem para as despesas da viagem. Minha sorte foi que o lançamento anterior, em Belo Horizonte, pagara a edição. Mas esse fracasso foi um dos momentos mais caros de minha vida. Passado o affaire político, já bem vazio o Parque, avistei uma pessoa que vinha caminhando, lentamente, em direção ao estande a mim reservado, parecendo bem doente, praticamente se arrastando nos próprios pés, com movimentos lentos nas pernas. Minha atenção se fixou exclusivamente naquele cidadão, alto, cabelos negros e abundantes, corpo ereto, elegante, vindo em minha direção. Não consegui mais dar atenção a qualquer outra coisa. De repente minha visão o alcançou e pude identificá-lo. Abri-me num imenso e feliz sorriso. Lá vinha meu amigo Mário Ribeiro da Silveira à minha festa. Só esse fato a justificou. A primeira vez que o vi, eu ainda era menino. Ele e meu pai eram vereadores e, de vez em quando meu pai me levava às reuniões da Câmara Municipal de Montes Claros. Depois o conheci, pessoalmente, nos meus 13 anos – há mais de meio século, portanto –, em seu consultório médico, na rua Dr. Santos, numa das partes frontais da casa da mestra Fininha, sua dileta mãe, quando fui fazer um exame para nadar nas piscinas do Montes Claros Tênis Clube. Daí, então, nunca mais se afastou de minha vida a figura do “Doutor Mário”. Um dia perguntei a Maria Jacy como foi que ela, de uma família rica, culta e tradicional de Pedra Azul (os Faria) havia conhecido o “Mário Comunista” de Montes Claros, então estudante de medicina em Belo Horizonte. Jacy me contou que o conhecera numa hora-dançante da Faculdade e que, sem que ela lhe desse, descobriu o número do telefone de sua casa. E ligava o dia inteiro. Incomodada, narrou à mãe o motivo daquelas insistentes chamadas telefônicas. A mãe a aconselhou a marcar um encontro e a dizer ao pretendente, com toda franqueza, que não queria nada com ele e a solicitar, educadamente, que parasse de telefonar. Jacy, que seguiu o conselho da mãe, arrematou: — Bala, encontrei com Mário, na Álvares Cabral com João Pinheiro, conversamos por alguns minutos, e nunca mais consegui deixá-lo. Minha querida Maria Jacy, o mesmo aconteceu comigo. Conheci Mário nos meus 13 anos e nunca mais consegui deixar de admirá-lo e de gostar dele. Imagino, pela intensidade da minha, a saudade que você sente dele.

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