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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 19 de maio de 2024
 

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Mensagem: Rezar e fazer certo

Paulo Braga

Faz bem a Igreja Católica em incentivar pessoas de boa formação de caráter a se envolverem, direta ou indiretamente, com a política brasileira. Alguém tinha mesmo que reagir. A cartilha “Organizando grupos de fé e política”, lançada pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), através da Arquidiocese de Belo Horizonte, pode ajudar a melhorar os quadros políticos, além de induzir todas as religiões verdadeiramente cristãs a não deixarem que a política vire coisa exclusiva dos bandidos, sob pena de todos nós pagarmos ainda mais caro pela omissão. Neste sentido, tem razão o deputado montes-clarense Humberto Souto, ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), quando diz que o ruim para a democracia ameaça todas as instituições que dependem da liberdade.
A marginalização dos quadros políticos no Brasil é, de fato, preocupante, seja pelo alistamento de gente suja, seja pela inversão de valores em uma sociedade que derrota um Delfim Neto e novamente leva da cadeia para o Congresso Nacional, com outro banho de votos, gente comprovadamente enrolada, como Paulo Maluf. Azar do povo, que não sabe votar? Penso que não. Um povo sofrido, com pouca ou nenhuma capacidade crítica, não tem “o governo que merece”, mas o governo de quem mais o engana, de quem compra melhor os seus direitos.
As igrejas, os pastores e padres honestos, tanto podem quanto devem assumir o papel de formar grupos de gente séria, para levarem as massas a reflexões e decisões à luz da Palavra de Deus, já que os partidos não são capazes de estabelecer conceitos que dignifiquem a política. E não estarão inventando nada, de forma alguma poderão ser acusados de desvirtuar os propósitos bíblicos. Deus não quer um povo humilhado. Jesus Cristo contestou o poder mal exercido, pregou contra os corruptos e enganadores.
Dia desses, na feira livre do bairro Delfino Magalhães, após um rapaz chamar o “Homem da Cobra” de “meu vereador”, três senhoras passaram a conversar sobre nomes que estão surgindo para as eleições de 2.008. Uma delas, identificada pelas outras como Professora, alertou: “não basta trocar pombo-correio por urubus”, numa clara alusão ao escândalo em que se envolveu quase metade da atual Câmara Municipal e à sua vontade de promover mudanças. A segunda, que parecia dona da barraca de fumo e verduras, disparou: “Se Fernandinho Beira Mar viesse para cá, ele seria disputado pelos partidos políticos, iam transformá-lo em candidato a prefeito, eu acho”. Revoltada com a frustração da filha que parou de estudar ao perder a bolsa que “ganhou” nas eleições passadas, “Dona Maria”, a freguesa, arrematou: “E muita gente ainda vai votar num desses, pois, na televisão todos são bonzinhos...”
Exagero? Nem tanto. O temido Primeiro Comando da Capital (PCC) já deixou escapar planos para investir na eleição de deputados e prefeitos, em todo o Brasil. Parece que, após anos de políticos virando bandidos, o crime resolveu dar o troco, como as aranhas de “Aracnofobia” e os camundongos de “Ratos em Nova Iorque”, valendo-se, quem sabe, daquela máxima dos 100 anos de perdão.
Enquanto homens e mulheres de bem preferem não reagir, o dinheiro público, que deveria servir à promoção da justiça social, vai virando propriedade dos criminosos na política e dos políticos no crime. Dar as costas para os problemas não resolve nada. Se você duvida, pergunte ao goleiro Fábio, do Cruzeiro Esporte Clube.

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