Papa Francisco toma a defesa do seu antecessor, o agora São João Paulo II, e é aplaudido em Roma por 20 mil pessoas
Segunda 17/04/23 - 7h06Orlandi tinha 15 anos quando desapareceu depois de uma aula de música em Roma e seu desaparecimento é um dos mistérios mais antigos da Itália.
Na última terça-feira (11), o irmão de Orlandi se encontrou com o promotor-chefe do Vaticano, Alessandro Diddi, para investigar o caso.
Pietro Orlandi apareceu em um programa de televisão no qual reproduziu parte de uma gravação em áudio com a voz de um homem que supostamente fazia parte de uma facção do crime organizado e que afirmou que mais de 40 anos atrás meninas foram trazidas ao Vaticano para serem molestadas e que o papa João Paulo II sabia disso.
Os comentários foram condenados por autoridades do Vaticano antes que o próprio papa entrasse na briga em seu discurso diante de cerca de 20 mil pessoas na Praça de São Pedro.
A advogada de Pietro Orlandi, Laura Sgro, foi convocada por Diddi no sábado (15), mas ela invocou sigilo advogado-cliente.
Pietro Orlandi disse que era correto que Francisco defendesse João Paulo II e que ele “repetiu o que os outros haviam dito. Certamente não vi sozinho”.
O diretor editorial do Vaticano, Andrea Tornielli, condenou os comentários de Orlandi e os chamou de difamação “desprezível” contra a honra do pontífice.
João Paulo II liderou a Igreja Católica de 1978 a 2005 e foi declarado santo em 2014.