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Mensagem: Mariana sempre nas letras Manoel Hygino Mariana, sempre viva. Primeira vila, primeira capital da capitania de São Paulo e Minas do Ouro, primeira cidade; primeiro bispado e arcebispado; resistiu no correr do tempo a toda espécie de desastres, entre os quais o mais doloroso e recente: a destruição do subdistrito de Bento Rodrigues, atingido pelo rompimento da barragem do Fundão. Em comemoração aos 305 anos de vila e capitania lançou-se, ano passado, na Academia Mineira de Letras, em Belo Horizonte, o livro “Mariana: assim nasceram as Minas Gerais”. De autoria de Roque Camêllo, saudoso advogado marianense, ex-prefeito, apaixonado pela terra que o viu nascer, teve edição e coordenação editorial do também escritor Gustavo Nolasco, da Academia Marianense de Letras. A repentina morte do autor da excelente obra não interrompeu, contudo, nem poderia, a tradição de cultura e de riqueza na produção literária e histórica da cidade de Cláudio Manuel da Costa. Em 2016 mesmo editou-se “Crônicas e Contos de Escritores Marianenses”, reunindo três figuras femininas importantes nas letras do velho burgo. Assim, Andreia Donadon Leal, Hebe Rôla e Magna Campos, que nos oferecem do bom e do belo de sua criatividade. Andreia, nascida na natal Itabira de Drummond, encontrou pouso sereno em Mariana, onde instalou sua incessante oficina de trabalho, inclusive com iniciativas e campanhas que ultrapassam os limites locais e estaduais, como se constata de uma biografia, curta cronologicamente, mas extensa em labor. Formada em letras pela UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto), também especialista em artes visuais, cultura e criação e mestre em literatura, já conquistou seu lugar. No volume em questão, ela comparece em cronicurtas e na exposição franca de pensamentos e sentimentos diante do cotidiano. “Tanto sono perdido, tanta enciclopédia consultada, tanto tratado científico, tanto, tanto, tanto é TANTO... pra quê? Se eu necessito tanto, tanto e tanto e do calor da vida”. Em “Lacripoemas”, poesia (2017), Dea fotografa estes dias: “depois da estiagem/deste inverno seco/chegam chuvas/derramando das nuvens/ gotas de esperança”. No trio, está Hebe Rôla, escritora, pesquisadora e contadora de histórias, dedicada caprichosamente à linguagem dos sinos, filiada a várias entidades culturais e literárias, dentro e fora do Estado, inclusive a Academia Marianense de Letras, Ciências e Artes. A autora lembra a figura de Ritota e sua expressão linguística, num rosto que jamais estampou sofrimento, dificuldades que a vida lhe trazia. Despertava os bêbados na calçada e aconselhava: “meu fio, larga de bebê, a manguança é coisa do Sujo, do Caramunhão!”. Nascida em Ouro Preto, Magna Campos é também mestre em letras, professora de ensino universitário, escritora, e integra a Academia de Letras, Ciências e Artes do Brasil, cuja sede é na cidade de Roque Camêllo. Ela relata a vida e a maneira de ser de seu Euclides, morador na zona rural, esvaziador de fornos de lenha para carvão, folclórico negociador de um cavalo e de uma égua, que viveram pouco após a morte do dono.
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