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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 26 de abril de 2024
 

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Mensagem: Um compromisso irrevogável Manoel Hygino Não surpreende, é até edificante, quando não comovente, conhecer-se o número de pessoas que, neste país continental e nesta nação tão desnecessariamente conturbada, se dispõem a candidatar-se à presidência... da República, é claro. São heróis por antecipação, que se julgam publicamente capazes de enfrentar as adversidades da hora e de sempre para conduzir o Brasil a uma fase de ordem e de progresso, como estampado na bandeira nacional; substantivos que inúmeros sequer sabem inscritas no lábaro. Em período de tantos e tamanhos desencontros da história, quando há uma densa penumbra envolvendo fatos e personagens de influência nas decisões maiores; quando os tribunais não encontram espaço nas pautas para julgamento; quando se adota compreensível cautela com relação a até membros da alta magistratura; quando o crime se estendeu as mais distantes regiões do território é no mínimo alentador constatar que homens tão probos pretendem laborar em favor da pátria. São homens nascidos, criados e formados neste país, em que também nascemos e nos formamos. Certamente têm condições de competência, dignidade e de sabedoria, imprescindíveis à hora. Devem alimentar-se de sinceras e sadias convicções e de consciência, como Rui se referia ao ideal. Refiro-me ao ideal, que “não se define: enxerga-se por clareiras que dão para o infinito; o amor abnegado; a fé cristã; o sacrifício pelos interesses superiores à humanidade; a compreensão da vida ao plano divino da virtude; tudo o que alheia o homem da própria individualidade, e o eleva, o multiplica, o agiganta, por uma contemplação pura, uma resolução heroica, ou uma aspiração sublime”. Nesta grave fase da vida nacional, quando há temor nas ruas e nos lares, quando a força armada do Estado por seus vários componentes é convocada a sair em defesa das instituições; o brasileiro terá que, na mais de dezena de nomes arrolados para postular a presidência, escolher o que mais convém à nobilíssima causa, não se esquecendo de que a riqueza não prospera em solo abalado por convulsões políticas. Na história, passamos por extensos períodos de ditaduras e governos fortes, felizmente superados após ingentes sacrifícios. É preciso preservar a reconquista, e evidentemente os que se candidatam pensarão em atender às mais alentadas demandas e reivindicações de um povo, que ainda navega em águas turvas. Já que lembramos Rui, é bom pensar com ele que pelas eleições se evitam as revoluções. Revoluções e eleições são os dois meios de remover os maus governos. O povo que elege, não se revolta; aguarda a operação eleitoral, para ter governo que lhe sirva. O brasileiro que irá votar- e quantas vezes terá errado!- sabe que não pode equivocar-se novamente, sob a certeza de que penas mais pesadas o punirão. A eleição corresponde a uma decisão, que envolve toda a comunidade, todos os seus entes, por um período extenso, que pode causar mais penúrias e dores, se cometido equívoco. Deve ter chegado a hora do apelidado “voto consciente”, que não visa agradar o eleito, em detrimento dos interesses de todos e de cada um. Não se deve abrir mais espaços para elites, cujo comportamento se identifica nos danos cotidianos. O ciclo em que nos debatemos exige, antes de tudo, um compromisso moral.

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