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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 1 de maio de 2024
 

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Mensagem: RIO CONGONHAS AGONIZANDO ESTÁ CHEGANDO AO FIM. O Rio Congonhas localizado em Itacambira-MG, com suas nascentes localizadas na maior cordilheira brasileira, conhecida como: No Atlas: Serra do Espinhaço ou Serra Geral pelos Catrumanos; tem sua bacia hidrográfica rodeada a Norte e a Sul por planaltos de rochas cristalinas; carbonaticas e arenito . Mas, o que mais destaca na bacia do Rio Congonhas é a silvicultura do Eucalipto e Pinus. Além disso, a devastação - do passado – com a derrubada das matas nativas para a produção do carvão. No local onde seria construída a Barragem pelo DNOCS, varias nascentes do Rio Congonhas já secaram e outras estão agonizando, ambas, são deflúvios das mesmas área de recarga que percola para as nascentes dos Rios Saracura, Juramento e Canoas, lado Oeste da Cordilheira. Nesta Quarta - dia 06 de Setembro de 2017 - fizemos uma medição de vazão do Rio Congonhas a 300 metros à montante do eixo projetado para o barramento lamentavelmente a situação é uma das piores. Como no ano passado, o rio vai secar! Os dados levantados retratam a agonia do rio - 01 metro de largura x 02 centímetros de profundidade x Vazão 2,3 litros por segundo - situação bem pior que os rios Juramento e Saracura – somadas as vazões chegam a 102,0 litros por segundo. Mais próximo das nascentes conseguimos 35 litros por segundo, mais a medida que descemos rio a baixo misteriosamente a vazão vai diminuindo – comparado ao Rio Verde Grande próximo na Jaiba – demanda estudos de fugas por fraturas. A bacia de montante do eixo, do suposto barramento - calculada em mais ou menos (+ ou -) 650 Km2 de área, produzir apenas 0,00353 m3 por km2 é um indicio que o rio já está morto. Com relação ao escoamento superficial da bacia do Alto Congonhas, podemos dizer que, diante da degradação, depende de novos estudos, pois são vários fatores que podem influenciar. Entres eles: a natureza fisiográfica ligados às características físicas da bacia; natureza climática e os relacionados à precipitação. Os fatores fisiográficos os mais importantes são a área; a forma; a permeabilidade, a capacidade de infiltração, e a topografia da bacia. Se o solo for muito PERMEÁVEL - que é o caso do talvegue do Rio Congonhas - maior será a quantidade de água que ele PODE ABSORVER no período de baixa vazão; diminuindo assim a capacidade de acumulação; neste caso pode desvendar o mistério da água do rio sumir no trajeto neste período. Outros fatores importantes são as obras hidráulicas construídas nas bacias, tal como uma barragem que, acumulando a água em um reservatório, REDUZ as vazões máximas do escoamento superficial. - Isto é uma hipótese. Em fim: o Rio Congonhas está morrendo, situação que pode inviabilizar o seu aproveitamento. O Comitê da Bacia Hidrográfica dos Afluentes Mineiros do Alto Jequitinhonha – JQ1, face do seu Plano Diretor da Bacia do Jequitinhonha vem lutando para recuperação das microbacias do Rio Jequitinhonha para no futuro discutir as explotações hídricas nas formas técnicas e com sustentabilidade. Porém, nem tudo estar perdido. A bacia do Rio Congonhas pode ser recuperada, tudo depende do homem. Na Carta Encíclica do Papa Francisco, ele cita que as degradações aumentam devido “a recusa dos poderosos, mas também pelo desinteresse dos outros”. Diz ainda: - “não é somente AS AÇÕES que resolverão os problemas globais, mas confirmam que o SER HUMANO ainda é capaz de intervir de forma positiva. Como foi criado para amar, no meio dos seus limites germinam inevitavelmente gesto de generosidade, solidariedade e diligência”. “ET IN TERRIS IN PACEM IN HOMINIBUS BONAE VOLUNTATIS” (*) José Ponciano Neto: Tec. Recursos Hídricos e membro dos Comitês de Bacias Hidrográficas–SF06 CBH Jequitaí-Pacui; JQ1 - Comitê da Bacia Hidrográfica dos Afluentes Mineiros do Alto Jequitinhonha e o JQ2 - Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Araçuaí

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