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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 18 de maio de 2024
 

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Mensagem: AS EXIGÊNCIAS DO PROGRESSO JOSÉ PRATES Não é possível manter uma cidade, uma fazenda, exatamente como eram quando nasceram há não sei quantos anos, mas, mesmo que fosse possível, ninguém gostaria que isto acontecesse. As modificações surgem exigidas pelo progresso dos negócios, como é o caso das fazendas que necessitam produzirem mais e mais para atenderem ao comércio que vai crescendo ao longo do tempo. Isso demanda expansão das atividades, sejam agrícolas ou pecuárias e daí vêm as modificações que se fazem necessárias. Quem está ali no dia-a-dia da fazenda, não sente as mudanças e nada vêem de estranho. Porém, as pessoas que se foram para outras plagas e lá ficam por muitos anos, quando regressam não reconhecem o local porque o progresso trouxe mudanças e tudo foi renovado ou modificado por ação do tempo ou exigência da produção. As cidades passam por esse mesmo processo de transformação quando as suas atividades se multiplicam trazidas pelo desenvolvimento do comércio ou da industria que foi ali instalada. É mais gente que chega aumentando a população que pede moradia e moradia vai surgindo onde haja espaço para elas. Entretanto, como terreno é pouco para tanta procura, elas crescem para cima, surgindo, rntão. os edifícios que arranham os céus. Esse foi o caso de Montes Claros e de muitas outras cidades que ofereciam casas baixas enquanto havia terreno para elas. Sem terreno disponível e o progresso aumentando com mais gente chegando, as casas velhas foram sendo demolidas para cederem lugar aos edifícios que transformaram a paisagem, deixando a cidade irreconhecível por quem está distante há muito tempo, como eu, por exemplo, que na ultima vez que visitei Montes Claros, sem saber onde estávamos, perguntei ao meu sobrinho que nos conduzia e ele respondeu naturalmente: Rua Dr Santos. O meu assombro foi grande. O que fez o progresso? Destruiu tudo que era belo, Onde está a casa do Dr Alfeu, aquela mansão bonita com jardim na frente; onde está o prédio onde funcionou o Jornal, cadê o Hotel São José; cadê o “Foto Pinto”, a gráfica Orion; a loja de carros? A cidade cresceu... pra cima e o que estava em baixo foi demolido. Não reconheci a Praça Cel. Ribeiro, nem a velha Praça do Mercado transformada num belíssimo logradouro. Só não sei pra onde foram os taxis nem o Mercado. Não foi, porém, um pecado a transformação que se processou na cidade, mas, uma exigência do progresso que sempre está presente em cidades com vocação de progresso desde que nasceu, como a nossa Motes Claros. Nasceu como Arraial das Formigas em 1768, elevado em 1831 a Vila Montes Claros de Formigas e em 1857, com dois mil habitantes, é elevada a cidade de Montes Claros, pois, os melhoramentos existentes eram tantos que já justificavam a elevação a cidade. Então, pela história podemos verificar que o processo de desenvolvimento montesclarense, trazendo-lhe grandes transformações vem desde o Arraial e continua até hoje, não, sendo, portanto de se estranhar as modificações no seu aspecto paisagístico com a construção de edifícios altos para atender à necessidade de moradias decentes. Para ter-se uma idéia da transformação paisagística, a vista parcial de Montes Claros apareceu-me pela Internet, enviada por um amigo. Chamei minha esposa para ver e lhe perguntei que cidade estava na foto. Ela não soube responder. Quando eu lhe disse: É Montes Claros, ela não acreditou. O progresso modificou tanto essa nossa cidade, que uma montesclarense que ali nasceu e cresceu não lhe reconheceu. Pior seria se ela tivesse dito: não mudou nada, continua a mesma! (José Prates, 87 anos, é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Atualmente, é um dos diretores do Sindicato da Classe)

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