Receba as notícias do montesclaros.com pelo WhatsApp
montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 18 de maio de 2024
 

Este espaço é para você aprimorar a notícia, completando-a.

Clique aqui para exibir os comentários


 

Os dados aqui preenchidos serão exibidos.
Todos os campos são obrigatórios

Mensagem: Estimados muralistas do montesclaros.com. Que tal relatar a historia daqueles que com suas presenças construíram a história da nossa urbe. Eles são “os ‘grandes almas” que deram colorido e alegria a nossa existência “feita de pequenos nadas”. São os personagens e os tipos populares. Para começar o primeiro, um campeãoem dinâmica expressiva: Dallas Amiguinho. O TORRADO Raphael Reys Ou poderíamos chamar tirar torrado de velho. Transcorria o pacato ano de 1997, na internacional terra de Figueira, também conhecida como os Montes Claros, onde só nos mesmos é que agüentamos. É nossa exclusividade, a aura rurícola, a bobeira política, a boçalidade campesina, e o pequi vitaminado. Somos-nos brega da roça, mas somos chiques! Nós saímos do mato, mas o mato não sai de nós! Por aqui, para quem chegou agora e não sabe, acontece de tudo, de tudo mesmo, no mínimo uma versão curraleira dos fatos, semelhantes aos acontecidos em qualquer outra parte do mundo. Numa tarde quente, “Amiguinho”, como era conhecido o homem de sociedade e de negócios do Norte de Minas, um Bon vivant dotado de uma aura alegre e contagiante, própria dele, e que animavam os todos, aprontou uma viagem comercial até Grão Mogol, município vizinho. Com ele um companheiro de estrada. Na saída da cidade pararam o veículo, atendendo ao aceno de um velhinho carregado de trouxas, e que pedia carona. Como iam para as mesmas bandas, ‘Amiguinho”, mandou o carona entrar e ocupar o banco de trás. Mal sabia que o ancião nada mais era do que “Saluzinho’, o lendário atirador de elite, e guerrilheiro Norte Mineiro, e que, já tocado pela idade, estava indo visitar parentes, em um povoado próximo”. Como se diria no Gurupí: Carregando uma onça molhada no banco traseiro Ao entrar no veículo, ‘Amiguinho” com aquele jeito brincalhão que lhe é próprio, tirou um “torrado” no velho, cheirando os dedos e dando em seguida alguns espirros. Pela viagem afora, outras tiradas de “torrado” e espirros dele, e do companheiro de banco, que recebia os dedos do “Amiguinho” para cheirar, e espirrar. Numa parada, em uma venda de beira de estrada, desceram para lanchar. “Amiguinho” pediu: baneston e Xis Eg. No que o dono da venda respondeu: só tem café, groselha, biscoito empacotado e bolacha. O proprietário da casa, vendo então o valente “Saluzinho”, saiu solícito e o recebeu, o encaminhando para dentro do estabelecimento, dando-lhe total assistência. Só então “Amiguinho” notou a mancada que cometera, ao tirar “torrado” nos baixos daquele velhote valente. Ao prepararem para prosseguir a viagem, e ao se adentrar ao veículo ‘Saluzinho”, “Amiguinho”, já manso e solícito, lhe falou: “Seu Salu tem uma garrafinha de café só do senhor aqui no canto do banco, um pacote de biscoito, bolacha, fumo de rolo, papel, fósforo e cigarro. Acaso dê vontade, me avise para parar, aonde o senhor quiser”! A notícia dos fatos chegou a Montes Claros, antes do retorno dos queridos participantes do incidente cômico. Já de volta à cidade, “Amiguinho” tomava uma cerveja gelada em um bar do centro, quando um conhecido lhe abordou e disse: “Amiguinho! Como é que pode... Um velhinho daquele lhe meter medo! Você, um homem de quase dois metros de altura”. No que o nosso conhecido habitante respondeu: “Medo não amiguinho! Respeito! A fera enfrentou sozinho um batalhão que estava armado até os dentes. Foi puro respeito”!

Preencha os campos abaixo
Seu nome:
E-mail:
Cidade/UF: /
Comentário:

Trocar letras
Digite as letras que aparecem na imagem acima