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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 23 de abril de 2024

"...se encontra proibido, pelo prazo de 90 dias, de ter acesso às dependências da Secretaria de Saúde de Juvenília e (... ). Além dele, o irmão do investigado, um advogado, também deverá cumprir as medidas judiciais pelo mesmo prazo”

Quinta 25/05/23 - 9h23

Divulgação da Polícia Civil:

Juvenília: secretário de Saúde é afastado após investigação

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) realizou, durante esta semana, em Juvenília, na região Norte do estado, o afastamento das funções públicas pelo prazo de 90 dias do secretário municipal de Saúde, um homem de 54 anos, investigado por supostos crimes de violência psicológica contra uma enfermeira, de 34, e corrupção de testemunhas.

Os fatos que deram origem à representação da Polícia Civil tiveram início depois que a vítima denunciou o caso e relatou que, desde o mês de janeiro, vem sofrendo assédio moral por parte do suspeito. Entre outras condutas, a enfermeira disse que foi humilhada de forma recorrente por ele na presença de outras colegas de profissão.

O secretário, conforme explicou a vítima, teria apontado o dedo para seu rosto enquanto gritava e batia na mesa causando-lhe danos psicológicos e crise de ansiedade.

A vítima contou também que o homem estava colocando obstáculos para dificultar a realização do trabalho dela, impedindo-a de ter acesso a chaves de repartições e até mesmo de sua própria sala de trabalho.

Com a investigação avançada, a Polícia Civil descobriu que o secretário estaria coagindo as testemunhas intimadas pela autoridade policial, oferecendo vantagens indevidas e, ainda, disponibilizando o acompanhamento gratuito de um advogado e o transporte das testemunhas até a Delegacia em Montalvânia, que era realizado no carro da própria Secretaria de Saúde.

Conforme apurado, o investigado estaria coagindo os servidores da pasta a assinarem de forma retroativa o controle de ponto do órgão, visando comprovar suposto acúmulo indevido de cargos por parte da vítima.

Segundo o delegado Thalles Bustorff, que conduz as apurações, as provas e os depoimentos obtidos indicam a ocorrência dos crimes de violência psicológica contra a vítima e corrupção de testemunhas.

“O conjunto probatório colhido durante a investigação policial expõe a gravidade dos fatos, por isso, a cautelar diversa da prisão foi necessária para evitar interferência na investigação e o favorecimento pessoal em razão do cargo", explica.

De acordo com o delegado, o suspeito também se encontra proibido, pelo prazo de 90 dias, de ter acesso às dependências da Secretaria de Saúde de Juvenília e manter contato pessoal ou por telefone com as testemunhas relacionadas na investigação. “Além dele, o irmão do investigado, um advogado, também deverá cumprir as medidas judiciais pelo mesmo prazo”, informa Bustorff.

Os trabalhos investigativos continuam.

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Jornal Estado de Minas, de BH:

Secretário de Saúde é afastado por suspeita de assédio moral em Minas

Secretário de Saúde de Juvenília, no Norte de Minas Gerais, está afastado de seu cargo por 90 dias; ele é investigado por assédio moral e coação de testemunhas

O secretário de Saúde da cidade de Juvenília, no Norte de Minas, foi afastado de suas funções após uma enfermeira denunciá-lo por abuso psicológico e assédio moral. O homem também teria coagido testemunhas intimadas pela Polícia Civil.

O afastamento tem vigência de 90 dias. Durante o período, o homem de 54 anos não poderá ter acesso às dependências da Secretaria de Saúde da cidade ou manter contato, pessoal ou por telefone, com as testemunhas relacionadas ao caso. Além disso, o irmão dele, um advogado, também deverá cumprir as mesmas medidas judiciais.

De acordo com a Polícia Civil, a vítima procurou a corporação para denunciar as constantes violências que estava sofrendo dentro do órgão municipal. Em seu relato, ela afirmou que, desde de janeiro, o secretário estava humilhando e a impedindo de realizar seu trabalho.

Em uma das ocorrências, o homem teria apontado o dedo para o rosto da vítima, enquanto gritava e batia na mesa. As humilhações aconteciam na presença de outros funcionários da secretaria de saúde.

A reportagem do Estado de Minas procurou a Prefeitura de Juvenília, mas não obteve resposta.

Coação

Durante as investigações, a Polícia Civil constatou que o secretário de saúde estava coagindo testemunhas intimadas. Ele teria oferecido vantagens e ainda disponibilizado o acompanhamento gratuito de um advogado e transporte até a delegacia, que fica em Montalvânia, cidade vizinha à Juvenília. O traslado estava sendo feito pelo carro da própria Secretaria de Saúde.

Além disso, o investigado ainda teria coagido servidores da pasta a assinarem, de forma retroativa, o controle de ponto do órgão. O objetivo era comprovar um suposto acúmulo indevido de cargos por parte da vítima.

Para o delegado Thalles Bustorff, responsável pelo caso, as provas e os depoimentos obtidos indicam a ocorrência dos crimes de violência psicológica contra a vítima e corrupção de testemunhas. Mesmo com a medida judicial, as investigações continuam.

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Jornal O Tempo, de BH:

Secretário de saúde de cidade mineira é afastado por violência psicológica

O homem teria gritado com uma enfermeira, apontando o dedo para o rosto dela e dado tapas na mesa; as atitudes causaram crises de ansiedade na profissional
Natália Oliveira

O secretário de saúde da cidade de Juvenília, no Norte de Minas Gerais, foi afastado do cargo, por 90 dias, já que é investigado pelo crime de violência psicológica contra uma enfermeira de 34 anos e por corrupção de testemunhas.

A profissional denunciou que estava sofrendo assédio moral do suspeito desde janeiro deste ano. Ela relatou, entre outras denúncias, que era constantemente humilhada por ele na frente de outros funcionários.

Ainda de acordo com a denúncia à Polícia Civil, o homem teria gritado com a enfermeira, apontando o dedo para o rosto dela e dado tapas na mesa. As atitudes lhe causaram danos psicológicos e crises de ansiedade. “A vítima contou também que o homem estava colocando obstáculos para dificultar a realização do trabalho dela, impedindo-a de ter acesso a chaves de repartições e, até mesmo, de sua própria sala de trabalho”, informou a Polícia Civil.

Durante as investigações foi descoberto que o secretário estava coagindo testemunhas, oferecendo vantagens indevidas para elas e disponibilizando o acompanhamento gratuito de um advogado e o transporte das testemunhas até a delegacia em Montalvânia, também no Norte de Minas, que era realizado no carro da própria secretaria.

“Conforme apurado, o investigado estaria coagindo os servidores da pasta a assinarem de forma retroativa o controle de ponto do órgão, visando comprovar suposto acúmulo indevido de cargos por parte da vítima”, explicou a Polícia Civil.

O delegado Thalles Bustorff avalia que as provas e depoimentos obtidos durante as investigações corroboram para indicar que houve violência psicológica contra a vítima e corrupção de testemunhas. “O conjunto probatório colhido durante a investigação policial expõe a gravidade dos fatos, por isso, a cautelar diversa da prisão foi necessária para evitar interferência na investigação e o favorecimento pessoal em razão do cargo", disse a Polícia Civil.

Segundo o delegado, o suspeito está proibido de acessar as dependências da Secretaria Municipal de Saúde de Juvenília e manter contato pessoal ou por telefone com as testemunhas relacionadas à investigação. “Além dele, o irmão do investigado, um advogado, também deverá cumprir as medidas judiciais pelo mesmo prazo”, informou Bustorff.

As investigações estão em andamento. A reportagem ainda não conseguiu contato com a prefeitura de Juvenília para obter um posicionamento sobre o caso.

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